Manaus, 5 de maio de 2024
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Cidades

É perigoso usar internet em lugares públicos, alerta especialista

Os dados furtados pela internet podem ser usados por empresas de publicidade para criar contas em bancos, falsificar documentos e até realizar outros crimes financeiros.

É perigoso usar internet em lugares públicos, alerta especialista

(Foto: Canva/Montagem)

Manaus (AM) – Quem nunca usou o Wi-Fi de loja ou de restaurante para enviar mensagens e navegar na internet. Se você já usou, melhor rever a segurança do celular que usa, pois pode ser que os seus dados tenham sido furtados por pessoas que sabem muito bem invadir a privacidade dos desavisados.

Os dados furtados podem ser usados por empresas de publicidade para criar contas em bancos, falsificar documentos e até realizar outros crimes financeiros. Segundo o diretor de Tecnologia e Inovação, Marcelo Silva, todos os dados que circulam na internet são criptografadas, inclusive, as mensagens por aplicativos.

“É impossível alguém escutar isso. A ligação via WhatsApp é impossível alguém ter acesso a essa ligação, ninguém vai ter acesso a esses dados que estão tramitando pela internet”, disse.

No entanto, quando você acessa o dispositivo, não existe um alerta informando que alguém está tentando monitorar o dispositivo.

“Se você perguntar ao Google: ‘quanto tempo leva para ir da Djalma Batista para a Grande Circular?’, ele vai fazer a média de tempo, porque ele está monitorando todos os androides que circulam nessa região e vendo o tempo que leva para eles se deslocarem e, assim, ele faz o cálculo médio do trânsito atual”, disse.

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Evite usar Wi-Fi em locais públicos (Foto: Arte Agência Brasil)

Marcelo explica o motivo de ser perigoso usar a internet em locais públicos e que o alerta não é contra as empresas que oferecem o serviço, mas contra oportunistas que esperam atrair vítimas para furtar os dados criando contas de Wi-Fi com nomes das empresas.

“Você acessou uma rede aberta no shopping, no aeroporto, nunca faça isso e, se você fizer, faça com um dispositivo chamado VPN, que você acessa a internet, mas esse acesso é diretamente de um computador lá na Europa, e esse computador acessa sites de banco ou de informações privadas que você quer e você vê tudo e o acesso da internet daqui não vê, ele não consegue, porque fica criptografado pelo VPN”, explica Marcelo.

Você está sendo monitorado

Marcelo Silva alerta para as normas de segurança na internet que devem ser mais informadas e utilizados pelas pessoas.

“Você está sendo monitorado o tempo todo de forma passiva ou ativa. O telefone celular escuta o que a gente está falando para fazer publicidade. Eles acham que isso não é invasivo, para pesquisa de mercado, um público específico”, disse.

Hoje, pela lei de proteção de dados, as empresas são obrigadas a perguntar, quando você instala um aplicativo, se ‘você deixa esse aplicativo rastrear ou não. “Imagina que,  antes da lei de proteção, ninguém sabia que estava sendo rastreado o tempo todo”, questionou.

O especialista explica que é muito fácil ser monitorado, basta fazer uma escuta no cabo de internet, na provedora final do bairro.

“Na provedora, tudo que você navega cai lá. Eu consigo ver praticamente tudo, se eu entrar na minha casa, no meu roteador eu consigo ver onde todo mundo navegou, quais sites entraram”.

Um software de monitoramento também pode ser instalado e o que não é criptografado pode ficar monitorando sem ninguém saber. “Por isso que não se entra em redes abertas, de aeroporto, rede de lojas porque, às vezes, os criminosos botam a rede aberta falsa para pegar um monte e planta softwares de mensagens indevidas; é perigoso”, alerta.

Abin Paralela

O caso de espionagem ilegal investigado pela Polícia Federal, como o uso da Agência Brasileira de Informações (Abin) para monitorar agentes públicos e políticos.

Ao menos 30 mil pessoas foram monitoradas de forma ilegal pela Abin Paralela durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo Polícia Federal.

O grupo teria usado softwares israelenses, que são referência mundial em segurança da informação ou na contrainformação, com softwares que fazem essa invasão ostensiva.

Segundo Marcelo, a crítica a ser feita é que o Brasil não investe em segurança da informação das autoridades, e questiona qual o orçamento para investir em segurança.

“São autoridades, que trabalham com nível de sigilo de informação para município, estado, governo federal e quanto de informação tem que ser guardada e privada”, disse.

O software quebra a segurança e invade o WhatsApp; mas não quebra a segurança do aplicativo, e sim do celular; além disso, o analista diz que tem vários meio de ser feito.

“A segurança da informação ainda não é um conhecimento ostensivo, aberto, utilizado pelo público, a ignorância é uma dádiva. Você não sabe o risco que está correndo, então não se preocupa”, concluiu.

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