Manaus, 26 de abril de 2024
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Economia

Receita tributária do Amazonas supera expectativa e cresce quase R$ 70 milhões

De janeiro a junho de 2020 a arrecadação do Amazonas alcançou crescimento de 1,29%, afirma SEFAZ

Receita tributária do Amazonas supera expectativa e cresce quase R$ 70 milhões

Foto: Reprodução/SEFAZ

No primeiro semestre deste ano, a receita tributária do Amazonas foi R$ 69,6 milhões maior do que do ano passado, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. De janeiro a junho de 2020, a arrecadação alcançou R$ 5,461 bilhões, contra R$ 5,392 bilhões em 2019. O crescimento é de 1,29% entre os períodos.

Segundo dados da Secretaria de Fazenda do Amazonas (Sefaz-AM), o primeiro trimestre do ano – antes da determinação do isolamento social – a receita que inclui impostos como ICMS, IPVA, ITCMD, IRRF e Taxas vinha numa curva crescente.

Tributos

Para se ter uma ideia, no primeiro mês de 2020, o governo arrecadou R$ 1.029 bilhão frente aos R$ 902 milhões em janeiro de 2019. Ou seja, R$ 127,3 milhões a mais de arrecadação de tributos estaduais no Amazonas.

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Em fevereiro, a receita se manteve no mesmo patamar e registrou R$ 1 bilhão, cifra maior do que fevereiro do ano passado, quando o Estado arrecadou pouco mais de R$ 967 milhões, (alta de 3,38%). Já em março, a expansão foi para 12,69% ao arrecadar R$ 932 milhões. O comparativo é análogo ao mês de 2019, que contabilizou R$ 827 milhões.

Se somados os valores de janeiro a março de 2020, o Estado teve uma receita tributária de R$ 2.962 bilhões contra R$ 2.267 bilhões frente a igual período do ano passado.

“A arrecadação acabou surpreendendo todos inclusive à Secretaria de Fazenda. O primeiro trimestre antes da pandemia com um crescimento robusto da receita entre 10 a 15% e isso acabou amortecendo a queda do segundo trimestre (…) se formos fazer um recorte nacional, a maioria dos Estados tiveram quedas expressivas no primeiro semestre, mas nós ficamos um pouco fora da curva”, avaliou o secretário de Fazenda do Amazonas, Alex Del Giglio.

Crise 

A queda a qual Del Giglio se refere foi registrada nos meses de abril e maio deste ano, quando houve um total colapso da economia do país por conta da covid-19.

Em abril, segundo os dados da Sefaz, o ingresso de receitas tributárias registrou queda de 4,43%, com R$ 841 milhões. Em abril de 2019, a fonte de renda foi de R$ 880 milhões. Uma diferença de quase R$ 39 mi entre os períodos.

Já em maio, a receita recuou 21, 46%, frente ao igual mês do ano passado, quando caiu de R$ 947 mil para R$ 743 mil. O resultado foi o pior desempenho do Amazonas no primeiro semestre.

Alta

Por outro lado, após dois meses em queda, a arrecadação tributária voltou a crescer em junho, conforme aponta o levantamento da Secretaria de Fazenda. Com base em dados da pasta, no sexto mês, o Estado arrecadou R$ 913 milhões contra R$ 866 milhões em junho do ano passado. Nesse comparativo, a alta foi de 5,40%.

“Para o próximo semestre, dos meses de julho a dezembro, ainda temos uma incerteza grande, mas o mês de julho já sinaliza uma queda nominal entre 8 e 10% e provavelmente uma queda real acima de 10%. Se isso se concretizar, mostra que houve uma retração da economia como era esperado pelos números do IBGE, tanto da indústria, comércio e serviços”, explicou Del Giglio, ao destacar que a partir de agosto se espera uma leve recuperação, mesmo que abaixo do esperado.

2021

Ainda segundo o representante da Sefaz, o grande desafio econômico será o pós-pandemia, projetado para ocorrer já no próximo ano.

“Em 2021, se espera que a pandemia já tenha sido superada, mas não sabemos como estará o emprego, a renda da economia, e isso obviamente vai afetar toda atividade econômica. Por conta dessas dúvidas, todos os Estados estão pleiteando a recomposição de pelo menos, mais três ou seis meses do FPE. Também estamos pleiteando um auxílio maior das perdas do ICMS. Tudo deve colaborar para que possamos conseguir o ajuste fiscal e o equilíbrio tão desejado. Particularmente o Amazonas esta em uma situação pouco mais confortável, ainda que não seja a ideal”, finalizou o secretário de Fazenda, Alex Del Giglio.

Confira análise da arrecadação na íntegra