Manaus, 3 de julho de 2025
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Manaus, 3 de julho de 2025

Política

Eduardo Leite é o nome do PSDB para a presidência, diz Plínio Valério

Leite ainda não surgiu nas pesquisas eleitorais, porém, o presidente da sigla, Marconi Perillo, já adiantou que ele está se preparado para concorrer ao cargo.

Eduardo Leite é o nome do PSDB para a presidência, diz Plínio Valério

Governador do Rio Grande do Sul- Foto: (Maurício Tonetto/RS)

Brasília (DF) – O presidente do PSDB no Amazonas, senador Plínio Valério, afirmou nesta quarta-feira (15) que o atual governador do Rio Grande do Sul é o nome do partido para concorrer à presidência.

“Eduardo é o candidato em potencial do PSDB, que trabalha preparando-o para a candidatura para a presidente”, disse Valério.

Eduardo Leite tem 39 anos e está disposto a entrar na disputa. O nome dele ainda não surgiu nas pesquisas eleitorais, porém, o presidente da sigla, Marconi Perillo, já adiantou que ele está se preparado para concorrer ao cargo. Segundo a assessoria de Perillo. “Ele é o candidato, se quiser”.

O cientista político Guilherme Soares afirmou ao Portal AM1 que, apesar de Leite ser um dos três governadores tucanos com uma boa visibilidade e parte da terceira via, não seria uma possibilidade para 2026.

“Existe uma tendência, ainda, de pulverização de votos nesse campo; com o Ciro Gomes, por exemplo. Dessa forma, não acredito, hoje, em um potencial de Eduardo Leite para a corrida presidencial. É claro que o jogo político é dinâmico e ainda temos uma boa caminhada até 2026, o que pode até criar possibilidades de mudança nesse cenário”, disse o especialista.

Fusão

O PSDB caminha para uma fusão em 2025, segundo assessoria, vários partidos estão conversando com a sigla para uma eventual junção, Cidadania, PSD e MDB compõem este grupo.

Em 2024, o presidente nacional já havia adiantado um possível encontro com o Cidadania; porém, até o momento, nada foi confirmado.

“Estamos conversando com vários partidos, somos procurados por vários; mas são conversas iniciais. Se tudo der certo, até março, teremos uma definição do caminho a seguir. Não temos nenhuma ansiedade com relação a este assunto no momento”, disse Perillo.

Atualmente, PSDB e Cidadania compõem a mesma federação, o acordo dos partidos acaba durante o primeiro semestre de 2026.

Questionado, o Cidadania afirmou, em nota, que não deve permanecer ao lado da sigla, mesmo com as novas mudanças. A decisão já foi repassada ao presidente do PSDB.

“Dificilmente ficaremos na federação com o PSDB, mesmo se eles se juntarem a outros partidos, porque a experiência federativa não foi boa. A avaliação que predomina nos companheiros do Cidadania é de poder discutir um novo rumo para o futuro”, disse o presidente do Cidadania, Comte Bittencourt.

A reunião da Executiva Nacional do partido para debater o tema está marcada para o dia 19 de fevereiro.

As siglas devem apresentar até março o caminho que vão seguir em 2025.

A junção do PSDB com o MDB e o PSD pode gerar um impacto significativo no Congresso e nos estados.

Caso isso ocorra, no Amazonas, por exemplo, os três senadores atuariam em unidade.

Para Soares, a decisão é importante para o PSDB, que vive um desgaste eleitoral ao longo dos anos. A fusão poderia aumentar o poder de barganha entre os políticos e o governo federal.

“Unir forças com partidos mais robustos como PSD e MDB poderia significar uma recomposição de sua relevância política e maior capacidade de articulação legislativa. Principalmente por conta da capilaridade municipal desses dois partidos”, disse o especialista.

Os partidos devem concluir as negociações até outubro deste ano para encaminhar o registro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Cenário incerto para Valério

Ao Portal AM1, Plínio Valério, que faz parte da executiva nacional do PSDB, adiantou que dependendo das decisões tomadas, ele pode deixar a sigla.

“Vejo com uma certa preocupação, pois não me encaixo na fusão. (…) Vou deixar este problema para quando ele surgir de verdade”, pontuou o senador.

O amazonense ainda confirmou que já existem propostas de cinco partidos para que ele escolha a melhor opção e seja candidato à reeleição em 2026.

 

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