Manaus, 28 de março de 2024
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Eleições 2020

Analista político explica como calcular a distribuição de vagas para o cargo de vereador

Em entrevista cedida ao Portal AM1, o analista político e diretor do Instituto Action Pesquisa de Mercado, Afrânio Soares, explicou como funciona o cálculo de votos

Analista político explica como calcular a distribuição de vagas para o cargo de vereador

Foto: Marcio Silva/Portal AM1

Com o fim das coligações partidárias proporcionais para as eleições municipais de 2020, um dos maiores problemas de planejar uma campanha eleitoral para vereador é calcular o número de votos necessários para eleger a maior quantidade de candidatos. A partir de agora, são computados somente os votos válidos do partido no qual o candidato está filiado.

Em entrevista cedida ao Portal AM1, na última terça-feira (15), o analista político e diretor do Instituto Action Pesquisa de Mercado, Afrânio Soares, explicou como é dado o cálculo de votos para a eleição de vereador, que deve levar em consideração, conceitos complexos como quociente eleitoral e partidário.

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“Quociente eleitoral é a quantidade de votos que um partido precisa ter somado, a quantidade de todos os seus candidatos, para poder eleger um vereador”, explica o especialista.

Para determinar o quociente eleitoral, é necessário dividir o total de votos válidos pelo número de cadeiras disputadas.

Para ser eleito, o vereador precisa ter, pelo menos, 10% do quociente eleitoral.

“Se eu tiver, entre votos nominais – que é quando eu voto em uma pessoa ou quando eu voto no número de partido – que são os votos de legenda, se eu somar isso aí e tiver  R$ 1.150.000 (um milhão e cento e cinquenta mil votos)  para vereador em Manaus, eu tenho que dividir isso pelo número de cadeiras que estão sendo disputadas que são 41. O quociente eleitoral é 28 mil votos”.

Para tentar a eleição, os candidatos ao cargo de vereador de Manaus precisam ter ao menos 2.800 votos.

Como estratégia de campanha proporcional, o especialista explica que um partido precisa ter 3 partes de distribuição.

“Como eu vou distribuir esses 62 candidatos no meu partido: uma primeira parte são os cabeças ( puxadores de votos), uma outra parte é chamada de ” barriga ou bucho; a terceira, que é chamada de calda, é a maior parte deles – que são os que tem a menor quantidade de votos. A ideia é fazer uma base com a somatória da cauda, fazer uma densidade, ou seja, uma ‘supinada’ com a somatória dos votos da barriga e eleger o máximo possível da cabeça.”

Em decorrência da pandemia, as eleições municipais deste ano serão realizadas  no dia 15 de novembro, o primeiro turno e o segundo, para 29 de novembro.