As prestações de contas de candidatos das eleições municipais até agora mostram que, em 2020, candidatos negros e mulheres com pouquíssimos votos receberam quantias volumosas de recursos públicos, reiterando a suspeita do uso de “laranjas” como ocorreu em 2018.
A novidade é que homens pardos e pretos, obrigados pela Justiça a receberem uma parcela do fundo eleitoral, também são maioria junto com as mulheres entre os com o voto mais caro e sem resultados nas urnas.
Dos 33 candidatos que receberam mais de R$ 1 mil de verba pública por voto obtido, 21 são mulheres e 8 são homens negros. Considerando apenas quem teve menos de mil votos, homens brancos são apenas 6,8% dos que gastaram mais de R$ 500 por voto.
Nenhum candidato que declarou uma receita superior a R$ 106 por voto recebido foi eleito — esse número pode mudar, no entanto, conforme mais contas forem declaradas.
Partidos são obrigados por lei a destinar 30% do fundo eleitoral para candidaturas femininas e uma quantia proporcional ao número de candidaturas de pretos e pardos (cerca de 49% do total de candidatos), conforme determinou o Supremo Tribunal Federal (STF) neste ano.
(*) Com informações O Globo
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