Apontado pelo diretor do frigorífico da JBS, Ricardo Saud, como um dos cinco atuais e ex-senadores do PMDB que receberam propina para garantir o apoio de todo o partido à reeleição de Dilma Rousseff nas eleições de 2014, o senador do Amazonas Eduardo Braga informou em nota distribuída, nesta sexta-feira (19), que estuda adotar medidas legais contra o delator. Segundo Saud, Braga teria recebido R$ 6 milhões.
No documento, a assessoria de imprensa de Braga afirma que a delação do executivo Ricardo Saud, da J&F, contém “erros crassos e graves”.
Em outro trecho, a nota diz que “Saud é explícito ao afirmar que sua empresa fez doações eleitorais registradas para a campanha de Eduardo Braga ao Senado Federal. É falso. Os registros da Justiça Eleitoral comprovam que Eduardo Braga não recebeu nenhuma doação do grupo J&F por via direta ou por meio de seu partido, o PMDB”.
A nota tenta ainda desqualificar o teor da delação alegando que “Outra inverdade se refere ao apoio de Eduardo Braga à ex-presidente Dilma Rousseff. A relação de proximidade entre ambos remonta ao período em que Dilma foi ministra do governo Lula. No governo Dilma, Eduardo Braga foi ministro de Minas e Energia, líder do governo no Senado e nunca negociou seu apoio à ex-presidente em qualquer base”.
Além do senador do Amazonas, teriam recebido dinheiro os senadores Jader Barbalho (PA), Eunício Oliveira (CE, presidente do Senado), Renan Calheiros (AL) e o ex-senador Vital do Rego (atual ministro do Tribunal de Contas da União), totalizando R$ 35 milhões em propina.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.