Manaus (AM) – Como os outros 61 municípios do Amazonas, que atravessam situação de emergência por conta da estiagem que afeta o estado, a Prefeitura de Nhamundá anunciou um racionamento de água a partir da próxima sexta-feira (20).
Conforme a administração municipal, a medida visa garantir o reabastecimento natural dos aquíferos e evitar a sobrecarga dos sistemas de bombeamento da cidade. Dessa maneira, apenas três dos sete poços funcionarão 24 horas por dia a partir de amanhã.
A Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), responsável pelo abastecimento no município, já havia alertado sobre o impacto da seca aos níveis dos poços artesianos.
Segundo a Defesa Civil, 8 mil pessoas já sentem os efeitos da seca na região. Em nota, a Prefeitura de Nhamundá, que decretou situação de emergência no último dia 12 de setembro, explicou sobre a redução das chuvas para a decisão.
“A significativa redução das chuvas está impactando os níveis estáticos (nível da água no poço em repouso) e dinâmicos (nível da água durante o bombeamento), além de reduzir drasticamente a disponibilidade de água nos mananciais superficiais e lençóis freáticos. Atualmente, os poços operam cerca de 20 horas por dia, mas, com a queda dos níveis de água, estamos implementando uma redução temporária no tempo de funcionamento”, diz o comunicado.
Municípios – Amazonas
No dia 28 de agosto, O governador Wilson Lima declarou, durante reunião do Comitê de Enfrentamento à Estiagem, situação de emergência nos 62 municípios amazonenses devido aos efeitos da estiagem que atinge o estado.
Em 5 de julho, Wilson Lima já havia assinado decreto de Situação de Emergência para 20 cidades das calhas do Juruá, Purus e Alto Solimões.
Na reunião, também foi assinado um decreto que declara situação de emergência de saúde pública, atendendo recomendação do Ministério da Saúde.
“Desde o início do ano, estamos mantendo uma interlocução com o governo federal, mostrando o que os nossos especialistas tinham como previsão para este ano e, infelizmente, tem se confirmado e, ao que tudo indica, teremos uma seca muito grave. Só no Alto Solimões, o rio está 60 centímetros abaixo do mesmo período do ano passado. O Rio Negro está a 4 metros abaixo do mesmo período do ano passado. Tudo indica que os rios vão baixar como nunca baixaram antes”, declarou Lima na ocasião.
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