Manaus, 6 de maio de 2024
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Manaus, 6 de maio de 2024

Cidades

Empresas criam parceria para reflorestar áreas devastadas no AM

O trabalho está sendo feito em áreas degradadas no trecho entre os quilômetros 114 e 250 da BR-319.

Empresas criam parceria para reflorestar áreas devastadas no AM

(Foto: Divulgação/Assessoria)

Manaus (AM) – Quem disse que lucro e capital são incompatíveis com a preservação da natureza? Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, os resultados de uma parceria entre o Grupo Tapajós, maior varejista farmacêutico no Norte, e o Selo Amazônia Care, organização socioambiental, mostram que sim, é possível crescer com responsabilidade e sustentabilidade.

Com parte da venda dos produtos da linha Animativ nas 125 drogarias das redes Santos Remédio, FarmaBem e Flexfama, a iniciativa vem gerando bons frutos. “Já foram mais de 48.900 produtos revertidos em recursos que contribuem com a entidade, focada em reflorestamento e agricultura familiar”, informa a coordenadora do departamento de marketing do Grupo Tapajós, Tássia Pina.

Segundo ela, o trabalho está sendo feito em áreas degradadas no trecho entre os quilômetros 114 e 250 da BR-319. A região, que abrange os municípios de Careiro Castanho, Manaquiri, Beruri e Borba, é alvo de grileiros e, muitas vezes, usada como rota de escoamento ilegal de madeira.

Nesse primeiro momento, a parceria colabora com o ‘Projeto Urihi á’, que atualmente apoia 13 famílias. Mas a meta da entidade é, até 2030, fomentar 1.300 famílias parceiras e um total de 4 milhões de mudas plantadas. “Estamos muito felizes com os resultados até aqui e acreditamos que são as pequenas iniciativas que fazem grandes diferenças, sobretudo em se tratando de desmatamento e reflorestamento, um tema que, mesmo no Brasil – e na Amazônia -, ainda é pouco trabalhado do ponto de vista do crescimento estratégicos das empresas”, comenta o CEO do Grupo Tapajós, Wili Garcez.

Ecossistema

O Selo Amazônia Care é um ecossistema que une projetos, entidades e parceiros públicos e privados. Articulando conhecimento, capital e tecnologia entre estes três elos, visa gerar impacto positivo no meio ambiente e para a população. O trabalho, iniciado em 2020, vem crescendo com as experiências realizadas no ‘Projeto Urihi á’, e estas servirão de base para escalar as próximas iniciativas.
O modelo adotado é o de ‘reflorestamento 360º’, que endereça todo o ciclo produtivo, oferecendo suporte de ponta a ponta para famílias agricultoras. O trabalho começa com o preparo do solo, com a terra sendo lavrada, calcareada, nivelada e adubada. Posteriormente, ocorre o plantio das árvores nativas e frutíferas, que visam garantir o sustento das famílias beneficiadas num futuro próximo. “Tudo isso é feito sem nenhum custo para os moradores e também é oferecido monitoramento contínuo pós-plantio”, informa Adriana Feffer Skaf, co-fundadora da Amazônia Care, associação sem fins lucrativos.

Segundo ela, o apoio às famílias será de 10 anos, envolvendo ainda o escoamento da produção e a intermediação junto às empresas interessadas em comprar a produção dos frutos e seus derivados. “Queremos mostrar para o Brasil e para o mundo que a floresta em pé pode ser mais atrativa do que derrubada. Entendemos que a floresta pode gerar valor a partir da sua conservação e utilização responsável, inibindo práticas destrutivas”, ressalta.

Doações

Qualquer empresa ou pessoa física pode contribuir com a iniciativa. “O suporte de doadores e investidores é fundamental para que nossos objetivos sejam atingidos. Recebemos doações financeiras por meio de nosso site (www.amazoniacare.org). Além disso, temos parcerias especiais com doadores e apoiadores que nos ajudam com seus conhecimentos. Assim, certificamos o compromisso dos parceiros com o Selo Amazônia Care”, informa André Junqueira Pamplona Skaf, co-fundador e Presidente da associação.

(*) Com informações da assessoria 

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