Manaus (AM) – Dados divulgados, nesta quarta-feira (14), pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apontam que o Amazonas desandou na meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023 projetado para os estudantes do ensino médio na rede pública. O estado recebeu uma pontuação de 3,8, quando a meta era no mínimo uma nota 4.
Estudantes do ensino fundamental 2 também pontuaram baixo, principalmente nas provas de matemática e de língua portuguesa.
O Ideb é uma medida composta por resultados referentes à aprovação dos estudantes (fluxo escolar) e às médias de desempenho nas avaliações. E é calculado a partir dos dados do Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A nota varia de 0 a 10, de modo que quanto melhor o desempenho dos alunos e mais alto o número de aprovados, maior é o Ideb.
A pontuação evidencia o déficit ocasionado pela pandemia, quando parte das redes de ensino adotou a aprovação automática pela primeira vez, também devido à Covid-19, a porcentagem de alunos que fizeram a avaliação (Saeb) foi muito mais baixa em alguns estados, fornecendo dados estatisticamente pouco confiáveis.
Contudo, o Amazonas alcançou 5,7 pontos nos anos de 1º ao 5º do ensino fundamental, representando um avanço de 0,3 pontos a mais do que a meta estabelecida para o estado no primeiro ciclo do Ideb (2007-2021).
Também foi dentro da meta o resultado para os alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental, 4,8 pontos.
Em todo o país, somente Goiás, Pernambuco e Piauí atingiram a meta do Ideb.
O Indicador foi criado em 2007, mesmo momento em que se estabeleceu o “Compromisso Todos pela Educação” (Decreto nº 6.094/2007), com metas a serem atingidas por cada estado brasileiro, o Distrito Federal, bem como resultados projetados para cada unidade escolar. O primeiro ciclo do Ideb se encerrou em 2021.
Em janeiro de 2024, o Inep instituiu um Grupo Técnico (GT Novo Ideb), visando elaborar um estudo técnico para subsidiar o MEC na atualização do Índice e das novas metas.
O índice que mede a qualidade da educação no Brasil mostra, em 2023, melhoras pontuais em relação a 2021, mas ainda aponta que os avanços registrados não foram suficientes para colocar todas as etapas do ensino no país dentro das metas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC).
O cálculo do Ideb obedece a seguinte fórmula: os resultados dos testes de Língua Portuguesa e Matemática são padronizados em uma escala de 0 a 10. Depois, a média dessas duas notas é multiplicada pela média das taxas de aprovação das séries de cada etapa avaliada (anos iniciais, anos finais e ensino médio), que variam de zero a 100.
Confira o resultado:
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