Foto: Divulgação/Twitter
Mais um caso de racismo foi registrado durante uma partida de futebol na Itália. Desta vez, no entanto, houve uma punição ao infrator. No último final de semana, durante uma transmissão do jogo da Inter de Milão, o jornalista Luciano Passirani teceu comentário racista direcionado ao atacante belga Romelu Lukaku.
Passirani, de 80 anos, afirmou que somente com bananas era possível parar Lukaku. A repercussão negativa foi imediata e o canal ‘TopCalcio24’ demitiu o comentarista.
“Não há um jogador na Itália em nenhuma outra equipe como Lukaku, nem na Juventus, Milan, Roma, Lazio. É muito forte, parece o Zapata, da Atalanta. No um contra um, ele te mata. Se você tentar, ele te joga no chão. Para pará-lo, você tem que dar 10 bananas para ele comer”, disse na transmissão.
O jornalista tentou se desculpar, porém o arrependimento não comoveu a emissora que decidiu encerrar o vínculo com ele. Fabio Ravezzani, diretor do canal italiano, afirmou que “apesar da intenção de elogiar o atacante”, Luciano Passirani não deveria seguir comentando jogos nas transmissões da emissora. Ravezzani classificou comentário de Luciano como “falta de lucidez”.
“Passirani tem 80 anos de idade e, para elogiar Lukaku, usou uma metáfora que foi racista. Foi uma terrível falta de lucidez momentânea. Não posso tolerar qualquer tipo de erro, mesmo que momentâneo”, afirmou o diretor.
Racismo da própria torcida
O belga, que jogou contra a Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Rússia, em 2018, e defendia o Manchester United, da Inglaterra, já sofreu ataques racistas de torcida rival da Inter e até mesmo de fãs de seu atual clube.
Em uma partida pelo Campeonato Italiano, contra o Cagliari, fora de casa, Lukaku recebeu xingamentos racistas, algo recorrente na Itália. Pensando que teria o carinho da torcida interista, veio a surpresa negativa. Os torcedores da própria Inter de Milão publicaram uma carta aberta negando que o atacante tenha sofrido discriminação quando esteve jogando diante do Cagliari, aumentando o incômodo do atleta, que está a menos de três meses em solo italiano.
*Informações retiradas do BHAZ
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