(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Manaus (AM) – O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima prorrogou o estado de emergência no Amazonas até janeiro de 2025. A medida foi oficializada em portaria publicada nesta segunda-feira (18), no Diário Oficial da União.
A situação emergencial abrange, especificamente, as mesorregiões sul e centro do estado, incluindo localidades como Boca do Acre, Purus e Madeira, além de municípios como Coari, Manaus, Rio Preto da Eva, Itacoatiara e Parintins. A razão para prorrogação, conforme aponta o MMA, é o risco de incêndios florestais nas seguintes épocas e regiões específicas.
Além do Amazonas, outras regiões do Brasil também terão a vigência do estado de emergência estendida. O Rio de Janeiro, por exemplo, permanecerá sob a classificação até dezembro de 2024. Já o Distrito Federal, Goiás, Tocantins e a mesorregião Centro Maranhense seguem com a medida até janeiro de 2025.
Os estados com as prorrogações mais extensas são Mato Grosso do Sul, que mantém o alerta nas mesorregiões dos Pantanais e do Sudoeste, e Pernambuco, na mesorregião do São Francisco Pernambucano. Ambas continuarão sob estado de emergência até o início de 2025.
O Governo do Amazonas divulga diariamente boletins sobre as medidas adotadas para enfrentar os impactos da estiagem e as mudanças climáticas no estado. No panorama deste domingo (17), foram registradas 194 prisões e detenções, entre 30 de abril e 17 de novembro, por possíveis violações à legislação ambiental. O governo aplicou multas que somam mais de R$ 212 mil a infratores ambientais no período.
Conforme o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), mais de 22 mil focos de incêndio florestal foram combatidos desde o início da operação estiagem, sendo a maioria no interior do estado, que concentrou mais de 19 mil ocorrências.
A análise detalhada da Sala de Situação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) revelou que 69,88% dos focos (17.279) ocorreram em áreas sob jurisdição federal, enquanto 19,15% (4.734) foram registrados em vazios cartográficos. Apenas 10,97% (2.713) dos incêndios florestais ocorreram em áreas de responsabilidade direta do estado do Amazonas.
As operações continuam em andamento, com ações integradas entre órgãos estaduais e federais para mitigar os danos ambientais e sociais causados pela estiagem.
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