(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
BRASÍLIA, DF- O depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, um dos dos mais aguardados na CPI da Covid, iniciou nesta quarta-feira (19). Mesmo com um habeas corpus que lhe dá o direito de se manter parcialmente em silêncio, Pazuello garantiu, em uma das primeiras respostas, que responderá a todas as perguntas da comissão.
“Eu vou responder todas as perguntas, sem exceção”, disse o ex-ministro, após o relator da CPI, senador Renan Calheiros pedir objetividade nas respostas.
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Calheiros iniciou a oitiva questionando o ministro sobre quais eram as suas qualificações para assumir o cargo. Como resposta, Pazuello disse que teve experiência no comando do Exército, onde tinha a responsabilidade sobre a “saúde de 30 mil homens”, além disso, ele citou seu trabalho na Operação Acolhida e o comando de batalhões.
Pazuello acrescentou que perguntar de um general sobre gestão e liderança é “como perguntar se a chuva molha, nem preciso falar sobre isso”, disse.
Em seguida, o relator da CPI perguntou se Pazuello havia recebido alguma ordem específica do presidente Jair Bolsonaro sobre o uso de medicamentos como a cloroquina e a hidroxicloroquina em pacientes com covid-19. “Presidente nunca me deu ordens diretas para nada”, respondeu.
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Em contrapartida, quando questionado sobre as demais orientações recebidas do presidente, Pazuello disse que “a conversa era de imediatismo”. “As conversas em altíssimo nível para trazer soluções. Fazer a coisa acontecer o mais rápido possível”, completou.
Habeas Corpus
O ex-ministro chegou a tentar driblar a convocatória para depor na CPI, e entrou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal para se manter em silêncio.
A Corte concedeu o direito de forma parcial: Pazuello pode se manter em silêncio sobre perguntas que o incriminem. No entanto, ele está obrigado a responder perguntas que se refiram a outras pessoas.
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