Manaus, 4 de maio de 2024
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Política

Ex-diretor da PRF nega ter promovido blitz para reter eleitores de Lula

Silvinei foi convocado para responder sobre as operações de fiscalização, principalmente na região Nordeste, onde Lula liderava as pesquisas de intenção de voto.

Ex-diretor da PRF nega ter promovido blitz para reter eleitores de Lula

(Foto: Lula Marques/ABr)

Brasília (DF) – O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, negou, nesta terça-feira (20), que a instituição tenha atuado politicamente no segundo turno das eleições presidenciais para favorecer o então candidato Jair Bolsonaro (PL). Silvinei foi convocado como testemunha pela CPMI dos atos golpistas para responder sobre as operações de fiscalização principalmente na região Nordeste, onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderava as pesquisas de intenção de voto.

O ex-diretor classificou a acusação como “a maior injustiça já realizada na história da PRF” e afirmou que, em 30 de outubro, data do segundo turno, a fiscalização foi menor no Nordeste do que em outras regiões. Ele acrescentou que, dos 618 pontos fiscalizados em todo o país, 310 corresponderam a locais onde Lula ganhou a eleição, e em 316, Bolsonaro foi o vencedor. Vasques disse que não houve registro de que alguém tenha deixado de votar por conta da fiscalização da Polícia Rodoviária Federal e somente cinco ônibus foram recolhidos em operações no Nordeste.

Porém, segundo dados do Ministério da Justiça, 46% de todas as fiscalizações em ônibus da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ocorridas no dia do 2º turno das eleições, foram no Nordeste.  O número de agentes da PRF mobilizados para operação foi maior, inclusive, do que a operação para as Festas Juninas, onde se concentra o maior esforço da polícia.

Durante o depoimento, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) questionou Silvinei Vasques sobre o pagamento de diárias e apreensão de veículos como parte da operação Transporte Seguro que mostraria uma preferência pela região. Além disso, a senadora questionou o volume de processos disciplinares e o tempo para se aposentar.

Réu por fazer uso indevido de sua função  ao pedir voto para Bolsonaro, Silvinei negou e disse não ter proximidade com o ex-presidente, e afirmando ter apagado o post pedindo voto devido a polêmica.

(*) Com informações da Agência Câmara

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