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Política

Ex-funcionários podem estar envolvidos em desvio de joias, diz PF

Nesta sexta-feira (11), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão no Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) da Presidência da República.

Ex-funcionários podem estar envolvidos em desvio de joias, diz PF

(Foto: Divulgação/Governo Federal)

Durante esta sexta-feira (11), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão para colher dados e documentos do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) da Presidência da República. Isso porque as investigações da PF até aqui apontam que ex-funcionários do gabinete podem estar envolvidos no desvio de presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação da PF desta sexta, há citação a um dos possíveis envolvidos.

“Marcelo da Silva Vieira e outras pessoas não identificadas, uniram-se, com unidade de desígnios, com o objetivo de desviar, em proveito do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, presentes (ao menos três conjuntos de alto valor patrimonial) por ele recebidos em razão de seu cargo, ou por autoridades brasileiras em seu nome, entregues por autoridades estrangeiras”, diz o texto.

Vieira, exonerado em 1° de janeiro deste ano, era chefe adjunto do Gabinete de Documentação Histórica durante o governo Bolsonaro. Em maio, ele havia sido alvo de uma outra operação da Polícia Federal que colheu dados do celular do servidor.

Segundo fontes da corporação, as informações no aparelho de Vieira colaboraram para que se avançasse nas investigações que culminaram na operação desta sexta.

Durante depoimento prestado no mês de maio, Marcelo Vieira teria afirmado que conversou no passado com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e teria participado do processo na tentativa de liberar o colar de diamantes que tinha sido apreendido na Receita Federal de São Paulo.

Ainda na decisão que permitiu a operação realizada nesta sexta, a PF afirma que cabia ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República (GADH/GPPR) a “análise e definição do destino (acervo público ou privado) de presentes oferecidos por uma autoridade estrangeira ao presidente da República”, mas que há “indícios de que alguns presentes recebidos por Jair Bolsonaro em razão do cargo teriam sido desviados sem sequer terem sido submetidos à avaliação” do gabinete.

Em nota, a defesa de Marcelo Vieira disse que todos os “objetos/documentos/presentes” encaminhados ao GADH/GPPR “receberam o tratamento de cadastramento e registro histórico, em absoluta e estrita obediência a Legislação pertinente ao tema”. “Tais fatos já foram devidamente esclarecidos no inquérito policial em trâmite
perante a PF, bem como diante da Comissão de Ética da Presidência”.

(*) Com informações da CNN

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