Manaus, 30 de abril de 2025
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Cenário

Exploração da Margem Equatorial pode representar avanço regional, diz vice-governador

A declaração foi feita por meio de um artigo publicado no portal Poder360.

Exploração da Margem Equatorial pode representar avanço regional, diz vice-governador

(Foto: Ricardo Machado /Divulgação/Assessoria)

Manaus (AM) – O vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza (Avante), classificou a exploração da Margem Equatorial como uma oportunidade estratégica para a região amazônica. A declaração foi feita por meio de um artigo publicado no portal Poder360.

No texto, Tadeu de Souza argumenta que a possibilidade de extração de petróleo na Margem Equatorial representa uma “janela de oportunidade inédita para impulsionar o desenvolvimento de uma região historicamente marcada por isolamento e infraestrutura precária”.

“O debate não se limita à questão energética. Se o Brasil não avançar nessa exploração, o país terá de aumentar suas importações de combustível à medida que os recursos do pré-sal entrarem em declínio, conforme previsões para a partir de 2030. Importar combustível não só eleva o preço final ao consumidor, mas também aumenta as emissões de gases de efeito estufa, indo contra os compromissos ambientais assumidos pelo país”, defendeu Tadeu de Souza em seu artigo.

Em seu texto, Tadeu de Souza também recorre a um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) como forma de exemplificação. O levantamento aponta que a produção de petróleo na Margem Equatorial tem potencial para gerar mais de 300 mil empregos formais e adicionar R$ 65 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB )do país.

A exploração na Margem Equatorial tem sido alvo de críticas por parte de ambientalistas, que alertam para os riscos à biodiversidade devido à proximidade com a floresta Amazônica e com a Foz do Rio Amazonas. Também há preocupação quanto ao incentivo a combustíveis fósseis, apontados como vilões no agravamento do aquecimento global e das mudanças climáticas.

Em pareceres técnicos emitidos em novembro de 2024, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apontou a presença de uma área de recifes na Margem Equatorial, nas proximidades da região onde a Petrobras pretende explorar petróleo, na Foz do Amazonas, localizada na costa do Amapá.

No documento, o Ibama destaca que, na região de Oiapoque, foram identificadas três instalações que poderiam ser utilizadas como apoio em caso de um grande vazamento de óleo. No entanto, o parecer técnico ressalta uma falha crítica no planejamento: não há definição sobre os tempos de mobilização nem sobre a logística de transporte entre o porto, o aeródromo de Oiapoque e essas estruturas.

Apesar das controvérsias, a iniciativa conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em fevereiro deste ano, Lula solicitou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que autorize a Petrobras a perfurar poços de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas (FZA-M-59), localizada na Margem Equatorial, no litoral do Amapá.

 

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