Manaus, 2 de maio de 2024
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Cidades

Falso funcionário do TJAM usava o filho para aplicar golpes, diz delegado

Estima-se que o homem preso nesta quinta-feira (28) tenha lucrado mais de R$ 1,5 milhão com estelionato.

Falso funcionário do TJAM usava o filho para aplicar golpes, diz delegado

(Foto: Lyandra Peres e Beatriz Sampaio/PC-AM)

Manaus (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu na manhã desta quinta-feira (28) um homem que teria se passado por funcionário do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) para aplicar diversos golpes que resultaram no valor de R$ 1,5 milhão. A prisão ocorreu na avenida Coronel Teixeira, bairro Ponta Negra, zona Centro-Oeste.

O delegado Cícero Túlio, titular do 1º DIP, contou que as investigações iniciaram há aproximadamente quatro meses, a partir de diversas vítimas que começaram a comunicar os golpes praticados pelo suposto infrator. Mais de 10 boletins de ocorrência foram registrados indicando os golpes. 

“Ele se apresentava às vítimas como funcionário do Tribunal de Justiça e dizia, ainda, ter grau de parentesco com juízes e desembargadores. Tais alegações faziam com que as vítimas acreditassem que ele tinha influência para facilitar a compra de veículos com restrição, destinados a leilões judiciais, sob a troca de quantias vultuosas”, disse.

Conforme o delegado, o suspeito escolhia, principalmente, médicos e profissionais da saúde para aplicar os golpes, e utilizava o próprio filho para ganhar a confiança das vítimas.

“Ele levava a criança às consultas e, posteriormente, retornava aos consultórios, se dizendo agradecido e que queria retribuir o atendimento, oferecendo os serviços ilícitos. Estima-se que ele tenha lucrado nos últimos seis meses mais de R$ 1,5 milhão em decorrência dos golpes praticados”, disse.

Cícero disse que, quanto ao fato de o indivíduo utilizar a criança para aplicar os golpes, no curso do Inquérito Policial (IP), será avaliada a necessidade de encaminhar o caso para a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), a fim de responsabilizá-lo pelo ato.

“Além disso, continuaremos com as investigações para identificar a participação de outras pessoas nesta ação criminosa”, concluiu.

(*) Com informações da assessoria