Manaus, 1 de maio de 2024
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Brasil

Família de Bruno Pereira faz campanha para tratar filho de indigenista morto no AM

No ano passado, o filho do indigenista foi diagnosticado com um neuroblastoma estágio 4, um câncer extremamente agressivo.

Família de Bruno Pereira faz campanha para tratar filho de indigenista morto no AM

(Foto: Arquivo Pessoal)

Manaus (AM) – A família do indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022, no Amazonas, estão fazendo a campanha “Salve Pedro”, para custear o tratamento do filho de Bruno, de cinco anos, que está com câncer.

Conforme a antropóloga Beatriz Matos, viúva de Bruno, no ano passado, a criança foi diagnosticada com um neuroblastoma estágio 4, um câncer extremamente agressivo.

“Aos 5 anos, depois de 5 meses fazendo quimioterapia em hospital público, a luta do Pedro é para que o câncer não se espalhe. Isso só pode ser evitado com um medicamento caríssimo, que tem de ser importado e não é oferecido pelo SUS”, disse Beatriz na legenda da plataforma “Vakinha Virtual”.

O medicamento chamado betadinutuximabe, que é importado e não é oferecido pelo Sistema único de Saúde (SUS) pode evitar que a doença se espalhe.

Até a manhã desta sexta-feira (5), a campanha já tinha arrecadado R$ 658,5 mil, mas a meta ainda é um pouco mais de um terço do total da meta estipulada de R$ 2 milhões.

Caso Bruno e Dom

O indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram brutalmente assassinados em junho de 2022, por um grupo de pescadores ilegais na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas.

Bruno estava licenciado da Funai desde o início de fevereiro de 2020. Servidor de carreira da fundação, ele tinha sido dispensado da Coordenação-Geral de Indígenas Isolados e de Recente Contato apenas quatro meses antes.

Insatisfeito com os rumos que a equipe de governo do então presidente Jair Bolsonaro impunha à política indigenista, Pereira optou por se licenciar para “tratar de assuntos pessoais” e passou a trabalhar como consultor técnico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Colaborador do prestigiado jornal britânico The Guardian, Dom já tinha um nome provisório para sua futura obra: Como Salvar a Amazônia. O jornalista entrevistava lideranças indígenas e ribeirinhos para um novo livro-reportagem que planejava escrever.

 

https://www.instagram.com/p/C1sjhAZPwSz/

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