Centro Comercial de Manaus (Carlos Bolívar/Portal AM1)
A reunião entre o governo do estado, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomercio), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Manaus e demais entidades ligadas à economia, realizada nesta quarta-feira, 18, definiu que as lojas e centros comerciais de Manaus continuem abertos, mas que haja redução da jornada de trabalho pelos próximos 15 dias e flexibilidade nos horários.
A medida segue a determinação da Organização de Saúde (OMS) que pede a não aglomeração de pessoas devido à pandemia do Covid-19.
O presidente Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomercio), Aderson Frota, disse ao Amazonas1 que a Federação esteve reunida na tarde desta quarta com o governador Wilson Lima, onde conversaram sobre a situação da pandemia que se alastra e que gera desdobramentos no tocante à economia, à sociedade, às empresas, principalmente nas preocupações que rondam o processo que pode vir a provocar uma nova onda de desemprego.
“Recomendamos que de acordo com o nível e ramo de atividade que haja uma redução de jornada, ao menos nos próximos 15 dias para que possamos vislumbrar com mais precisão como fica o panorama dessas preocupações de modo geral”, explicou Frota.
Aderson disse que a orientação é que as empresas pautem com uma série de recomendações que provém das entidades sanitárias, no tocante aos atendimentos ao público.
“Cuidados como álcool em gel em todas as lojas e em todos os estabelecimentos comerciais que também seja mantida uma certa distância do cliente e um cuidado para que não possa parecer uma abordagem perigosa”, recomendou.
O Governo do Estado e as demais entidades e instituições ligadas à economia também recomendam que todos os pátios das lojas e centros comerciais sejam limpos com álcool.
“Recomendamos que todos os pátios de lojas sejam limpos com etanol, que é um álcool mais barato, e que possibilita também que essa limpeza seja processada. Estamos cada vez mais cientes de que o governo está sensível e preocupado com essa crise que não é apenas de ordem de saúde, mas que vai atingir as empresas, a economia como um todo”, disse.
O presidente da CDL Manaus, Ralph Assayag disse à reportagem que a medida é necessária e que a previsão é de que a queda no comércio seja, em média, de 30%, no mês de março.
“A queda de vendas no mês de março vai ser violenta, em torno de 25% a 35%. Se continuarmos nessa mesma situação, vamos ter de quatro a cinco mil pessoas demitidas. Esperamos que não cresça o número de pessoas infectadas. Solicitamos ao governador que as pessoas ainda possam fazer o seu trabalho e reduzimos os trabalhos da área do comércio. Todos os shoppings já reduziram os seus horários”, pontuou Assayag.
A CDL Manaus também solicitou ao governo isenção ou parcelamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
“Solicitamos que o ICMS possa ser retirado ou que possa ser financiado nesses três meses pela Afeam [Agência de Fomento do Estado do Amazonas]. Um fechamento absoluto do comércio resultaria em 80% das vendas e seriam 40 mil pessoas demitidas. Temos que dar o remédio na dose certa e na hora certa”, avaliou.
Manauara Shopping tem horário alterado
Até o momento, apenas o Manauara Shopping anunciou a alteração do horário de funcionamento como prevenção ao coronavírus. A mudança foi iniciada hoje, quando o shopping funciona de 12h às 20h.
Em nota, a equipe do Manauara informou que está fazendo uma campanha para a conscientização de lojistas e clientes.
“Para zelar pelo bem-estar de todos, além do horário reduzido, intensificamos a rotina de limpeza e higienização dos espaços comuns e do sistema de ar condicionado central, e reforçamos os pontos de uso de álcool em gel na praça de alimentação e próximo aos banheiros”, diz a nota.
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