Foto: Divulgação / Assessoria
Manaus (AM) – A federação formada pelas legendas União Brasil (UB) e o Partido Progressistas (PP), resultou em uma espécie de novo “super-partido”, União Progressistas no Brasil. E aqui na Câmara Municipal de Manaus (CMM) a federação coloca os vereadores Rodrigo Guedes (PP) e Aldenor Lima (União Brasil), que já protagonizaram intensos embates, lado a lado na mesma composição partidária.
O conflito mais recente entre Guedes e Lima ocorreu no dia 8 de abirl, quando o desentendimento entre os dois parlamentares ultrapassou os limites da Casa Legislativa e chegou até a sede da Polícia Federal. Vale relembrar que a briga começou em torno da tentativa de instaurar a CPI dos Empréstimos na CMM — tema que acirrou bastante os ânimos nos bastidores da câmara.
Atualmente Guedes renunciou a CPI, para que sua figura enquanto vereador não atrapalhasse o andamento da coleta de assinaturas de apoiadores para a investigação.
Apesar da rivalidade entre os representantes municipais, a união ‘forçada’ dos partidos pela Federação UB-PP coloca os dois desafetos em um mesmo campo político formal, o que pode criar uma situação inusitada, intensificando ou não os embates no plenário. Mas é algo curioso e que fica no ar, para ser avaliado nos próximos capítulos da Casa.
Relembre a discussão
Rodrigo Guedes convocou uma coletiva de imprensa no dia (8/4) para as 16h do mesmo dia, onde anunciou ter protocolado na Polícia Federal um pedido de investigação contra o vereador Aldenor Lima. Segundo ele, Lima teria feito ataques que, nas palavras de Guedes, “precisam ser provados”. O parlamentar também afirmou que ingressará com ações cível e penal por danos morais, além de um pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar.
“Acabo de protocolar aqui na Polícia Federal, pedindo uma investigação sobre os ataques do vereador Aldenor Lima. Ele vai ter que provar. Amanhã ingressarei com uma queixa-crime por danos morais”, declarou Guedes à imprensa.
No mesmo local e horário, o vereador Aldenor Lima e sua esposa, a deputada estadual Joana Darc (União Brasil), também reuniram a imprensa. Na ocasião, Joana apresentou um suposto “dossiê do gabinete do ódio” e cobrou uma investigação sobre o uso da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap) por parte de Guedes.
“E eu também entrarei com um pedido de cassação do Rodrigo Guedes por patrocinar e promover fake news. Isso é muito complexo e, por ser assim, queremos uma investigação com total transparência”, afirmou a deputada.
O clima de animosidade entre os parlamentares não é novo. Guedes e Aldenor já protagonizaram discussões acaloradas no plenário da CMM, principalmente no contexto das tentativas frustradas de instaurar a CPI dos Empréstimos — uma proposta que tem gerado forte polarização entre vereadores da base aliada e os de oposição.
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