Manaus, 3 de maio de 2024
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Cidades

Figura paterna é essencial na educação dos filhos, diz especialista

Segundo especialista, a presença de um pai também serve para preparar os filhos para encarar desafios e conquistar o mundo com autoconfiança.

Figura paterna é essencial na educação dos filhos, diz especialista

(Foto: Arquivo pessoal)

Manaus (AM) – Ao longo dos anos, criou-se a imagem de que a mãe é a principal responsável por educar os filhos, isso inclui levá-los à escola e ser participativa na vida educacional deles. No entanto, esse cenário está mudando e já é “possível observar muitos pais preocupados em acompanhar seus filhos”, bem como dividir as tarefas dentro do lar.

Ter o apoio dos pais na educação, principalmente, nos primeiros anos de vida, é algo primordial, uma vez que tal ação colabora com a qualidade de vida dos filhos. Por isso, é tão importante mãe e pai caminharem juntos para educá-los, mesmo que já não tenham mais uma vida de casados, é o que destaca a neuropsicóloga Kareen Lima.

“A presença paterna assume significados distintos ao longo das várias fases da vida. Essa figura, que pode ser avô, tio, irmão ou alguém próximo […] proporciona segurança, amor e orientação. Isso os prepara para encarar desafios e conquistar o mundo com autoconfiança”, destaca a neuropsicóloga.

Kareen lembra, ainda, que é muito importante ter a participação paterna, de forma ativa, na vida dos filhos, pois permite que as crianças tenham modelos de vida, tanto da mãe quanto do pai.

Pai de dois

Corroborando com a fala da especialista, Jhonny Lima, 41, é jornalista e pai de dois filhos – uma de 21 anos e outro de apenas dois anos de idade. Ele relatou ao Portal AM1 que, de fato, acha muito importante participar da rotina dos filhos e destaca que faz questão de estar presente em cada fase da vida deles.

“Tornei minha responsabilidade diária, assim posso proporcionar um apoio na rotina da mãe dele, visto que ela já exerce inúmeras responsabilidades externas. Além disso, ganho espaço para motivar, ensinar, contribuir na formação de valores e no desenvolvimento do meu filho, coisa que não abro mão”, enfatiza.

 

Jhonny contou também que gosta de estar presente nas consultas médicas, por exemplo, porque também é um momento em que ele se aproxima mais ainda do filho caçula. “Nós vamos nos divertidos como se fôssemos ao parque de diversão”.

“Da minha filha, sempre fiz questão de participar de reuniões na escola, de festinhas e tudo que é relacionado à escolarização dela. Hoje, ela já está na faculdade. Já do meu filho menor, que iniciou essa trajetória, não será diferente, pois é uma coisa que eu faço questão e eu gosto […]. Para mim, não é sacrifício e nem pesado, porque considero de extrema importância, e dá segurança ao filho vendo o pai participar’, ressalta.

Cenário

O papel de uma mãe na educação e cuidado dos filhos sempre foi algo, que até recentemente, era visto pela sociedade como uma tarefa única e exclusiva dela, no entanto, esse cenário tem mudado.

É notável que, nos últimos anos, os pais se tornaram mais presentes e preocupados com a educação dos filhos,  interessando-se pelas metodologias das escolas, opinando e acompanhando o desenvolvimento escolar deles.

“Ao longo dos anos, temos visto uma mudança significativa no envolvimento dos pais na educação dos filhos. Apesar de a figura materna prevalecer no acompanhamento escolar, é possível observar muitos pais preocupados em acompanhar seus filhos […]. Muitos pais estão se esforçando para serem participantes ativos na vida dos filhos e isso é maravilhoso”, comemora Kareen.

Divergência atrapalha o desenvolvimento educacional

A neuropsicóloga frisa ainda, que é essencial que os pais estejam “alinhados” e em escolha comum na educação dos filhos para promover ao crescimento deles, segurança e confiança.

“Quando há discordância entre um dos pais e a expressão disso ocorre na presença dos filhos, essa relação fica fragilizada aos olhos das crianças”, ressalta.

Dados

Dados de 2014 – resultados de um levantamento da Pesquisa Atitudes pela Educação – mostram que somente 12% dos pais sãos comprometidos, ou seja, acompanham o desempenho dos filhos na escola ou comparecem às atividades escolares e têm relação próxima com crianças e jovens.

O levantamento mostrou também que 19% dos pais de estudantes são considerados distantes do ambiente escolar e da própria relação com os filhos.

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