Manaus, 17 de maio de 2024
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Manaus, 17 de maio de 2024

Cidades

Rios do AM tendem a ficar abaixo da cota de cheias severas em 2024

Segundo as previsões (com 80% de intervalo de confiança), o Rio Negro deve atingir 27,14 m em Manaus, com possibilidade de chegar à máxima de 27,70 m.

Rios do AM tendem a ficar abaixo da cota de cheias severas em 2024

(Fotos: Arsepam/Secom)

Manaus (AM) – Os rios Negro, Solimões e Amazonas têm baixa probabilidade de enfrentar cheias severas neste ano, informou o Serviço Geológico do Brasil (SGB), nessa quinta-feira (2). As previsões, com antecedência de 45 dias para o pico da cheia, contemplam os municípios de Manaus, Manacapuru, Itacoatiara e Parintins.

Para a pesquisadora em geociências do SGB Jussara Cury, considerando o modelo de previsão, há uma baixa probabilidade da cheia de 2024 ser severa.

“Em Manaus tende a ficar abaixo da cota de inundação. Em Manacapuru pode ficar próximo da cota de inundação. Em relação a Itacoatiara e Parintins, que ainda estão se recuperando da estiagem severa de 2023, os níveis ainda estão abaixo da faixa da normalidade. Da mesma forma, as previsões apontam tendência de níveis abaixo das cotas de inundação para estas estações”, destacou.

Segundo as previsões (com 80% de intervalo de confiança), o Rio Negro deve atingir 27,14 m em Manaus, com possibilidade de chegar à máxima de 27,70 m.

A probabilidade de que o rio venha a atingir a cota de inundação (27,50 m) é de 20%. No caso da cota de inundação severa (29 m), essa probabilidade é de 1%, e para a cota máxima (30,02 m em 2021) é de 0,01%.

Já em Manacapuru (AM), o Rio Solimões deve ficar na marca de 18,16 m, com possibilidade de variar até 18,72 m. Conforme o modelo utilizado, a probabilidade de que o rio alcance a cota de inundação (18,20 m) é de 46,5%, e a de inundação severa (19,60 m) é de 1%.

(Foto: Divulgação/SGB)

 

Conforme Alice Castilho, diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, mesmo com os dados de previsões, é necessário estar de olho no período de vazante que acontece no segundo semestre de 2024. Castilho também informou sobre o novo sistema de divulgação de dados de monitoramento de nível dos rios por sensoriamento remoto.

“São dados de vários satélites, alguns deles desde 2008, ou seja, 15 anos de monitoramento nas bacias da Amazônia e Pantanal. Por meio desse monitoramento, é possível acompanhar o comportamento dos rios em vários outros pontos que não são monitorados. Dentro e fora do Brasil também, já que, para a Bacia Amazônica, isso é muito importante”, explicou.

O SGB trabalha em parceria com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), responsáveis pelas previsões climáticas. Paralelamente, as defesas civis estadual e municipais formulam estratégias preventivas.

Níveis abaixo da média no Rio Amazonas

Para Itacoatiara, a previsão é que o Rio Amazonas atinja aproximadamente 12,93 m, com um intervalo provável variando entre 12,59 m e 13,28 m. De acordo com a previsão, é muito baixa a probabilidade de atingir a cota de inundação (de 14 m) e a cota de inundação severa (14,20 m).

Em Parintins, o Amazonas deve atingir 7,15 m, com possibilidade de alcançar a máxima de 7,45 m. O alerta aponta ainda que a probabilidade de superar a inundação (8,43 m) é de 0,46% e mais baixa ainda de superar inundação severa (9,3 m) e a máxima (9,47 m em 2021).

 

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