(Foto: Thiago Bernando / Portal AM1)
Manaus (AM) – Os preços cobrados por flanelinhas em áreas públicas de Manaus têm gerado uma forte discussão na cidade, dividindo opiniões entre a população. De um lado, há quem defenda a prática como uma forma de sustento; de outro, críticas duras são direcionadas aos valores cobrados, considerados por muitos abusivos, especialmente durante eventos de grande porte.
Um problema antigo, uma nova polêmica
Os flanelinhas se tornaram uma presença comum em locais movimentados, como o Centro da cidade, a Zona Leste e áreas onde ocorrem eventos culturais ou esportivos.
Essas pessoas, que operam como guardadores de carro, sem o devido registro, ocupam um espaço deixado pela ausência de vagas em estacionamentos formais.
Recentemente, um episódio trouxe à tona a complexidade do problema: no fim de semana, um policial militar foi preso, junto de seus cúmplices, sob suspeita de comandar esquemas ilegais com flanelinhas, praticando cobranças abusivas em estacionamentos da capital.
População dividida
A equipe do Portal AM1 foi às ruas para escutar a opinião de quem mais sente o impacto dessa situação.
O analista de RH Marcelo Pavão destacou que, além de considerar os preços elevados, teve o carro riscado ao não pagar um flanelinha.
Ele acredita que tanto a prefeitura quanto o governo deveriam estudar formas de regulamentar essa atividade, garantindo maior segurança para a população.
Por outro lado, a técnica de enfermagem Jordana Moura declarou que costuma pagar o valor que pode naquele dia, mas ressalta que os flanelinhas não têm autorização para cobrar nessas áreas.
Ainda assim, ela enfatizou a necessidade de os órgãos públicos criarem programas de assistência para essas pessoas, ajudando-as a conquistar um emprego formal e digno.
A situação dos flanelinhas em Manaus reflete desafios maiores, como a falta de políticas públicas eficazes para lidar com a informalidade e a insuficiência de vagas de estacionamento em regiões movimentadas.
A regulamentação e a fiscalização são frequentemente citadas como soluções viáveis para combater os abusos e, ao mesmo tempo, amparar socialmente aqueles que dependem dessa atividade para sobreviver.
Este é um problema que exige um equilíbrio delicado entre justiça social e o direito dos motoristas a um espaço público seguro e acessível.
Com isso, a população espera respostas concretas para resolver o que há tempos é motivo de polêmica.
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