Manaus, 16 de maio de 2024
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Cidades

‘Foram apenas duas facadas’, diz padrasto que matou adolescente por ciúmes em Manaus

A delegada adjunta da Especializada informou também que Carlos já foi denunciado por violência doméstica pela própria mãe da vítima.

‘Foram apenas duas facadas’, diz padrasto que matou adolescente por ciúmes em Manaus

Supeito Carlos Alberto Paula Soares sendo preso/ Foto: reprodução /redes sociais

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (30), Carlos Alberto Paula Soares, pai adotivo e principal suspeito da morte da adolescente de 15 anos, Jennifer Vitória Magno Soares, alegou estar arrependido.

De acordo com o suspeito, a motivação da morte de Jennifer foi ciúmes de Alessandra, mãe da vítima, pois a mesma estaria em um novo relacionamento.

“Quero pedir perdão. Foi ciúmes porque ela postou uma foto com um rapaz. Claro que eu me arrependo. Foram apenas duas facadas.”

Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DHES), afirmou que Carlos estava vivendo como morador em situação de rua no bairro Coroado, com objetivo de despistar a polícia.

“Esse sujeito estava vivendo como mendigo em uma área de mata, no Coroado, para que ninguém o reconhecesse. Sabíamos que ele estava por essa região e isso acabou dificultando o trabalho da polícia. Foram 29 dias, e ontem, conseguimos capturar o Carlos ao saber que ele iria pegar alimentos com uma família na avenida principal do bairro”, disse o delegado.

Foto: divulgação

Leia mais: Pai adotivo é preso suspeito de assassinar adolescente de 15 anos em Manaus

O delegado disse ainda que Carlos confessou o crime, mas, ainda assim, mostra frieza ao falar do caso. Cunha ainda afirmou que Carlos mantinha contato com a mãe da vítima e ela o persuadia a se entregar.

“Ele confessou esse delito. Mas não esboçou nenhum tipo de arrependimento. Ele diz que se arrepende, mas suas palavras são muito frias. Ele fez ameaças de morte para essa mãe. Falou que queria que ela sofresse e ele fez isso várias vezes. A mãe continuava mantendo contato com Carlos para tentar persuadi-lo a se entregar”, declarou Cunha.

Pai adotivo da vítima

Marília Campello, delegada adjunta da DEHS, disse que Carlos mantinha um relacionamento paternal com Jennifer apesar de não ser pai biológico da adolescente. A delegada ainda disse que pouco antes do crime, intimidou Jennifer a pedir que a mãe reatasse o relacionamento com ele.

“Ele registrou essa menina. Eles tinham uma relação de pai e filha. A mãe não foi negligente em deixá-la na casa dele. Logo, depois dele matar a filha, o Carlos ligou para Alessandra e disse que ela iria sentir o sofrimento que ele sentiu após o término do relacionamento”, descreveu Campello.

A delegada adjunta da Especializada informou, também, que Carlos já foi denunciado por violência doméstica pela própria Alessandra. Marília Campello afirmou que a vítima recebeu 12 facadas no pescoço e não apenas 2, ao contrário do que Carlos alegou no relato à polícia.