Os funcionários dos Correios decidiram nessa terça-feira, 17, suspender a greve decretada há uma semana, informou a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos Similares (Fentect). No entanto, a categoria decidiu manter o chamado “estado de greve” até o julgamento do dissídio coletivo, marcado para 2 de outubro.
Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) haviam iniciado a paralisação para buscar uma negociação sobre o reajuste salarial de 3,43% e sobre a manutenção de benefícios -como ter os pais como dependentes no plano de saúde, continuidade de percentual de férias em 70% e vales alimentação e refeição.
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A Fentect e a Findect (federações dos trabalhadores do setor) participaram na quinta-feira, 12, de uma audiência de conciliação convocada pelo Tribunal Superior do Trabalho(TST) após a ECT ingressar com o pedido de dissídio coletivo de greve diante da mobilização da categoria em todo o país. Esse dissídio é um mecanismo adotado quando não há um acordo entre trabalhadores (representados por sindicatos) e empregadores.
Segundo nota da Fentect, com o impasse, o ministro Mauricio Delgado, do TST, apresentou uma proposta de prorrogação do atual acordo coletivo até o julgamento do dissídio, que deve ocorrer em 2 de outubro.
No último dia 4 de setembro, os Correios rejeitaram uma mediação feita pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) com funcionários. Pela primeira vez uma empresa fechou as portas, de forma unilateral, em negociação dirigida pela corte, que é responsável por arbitrar impasses envolvendo categorias de empresas com abrangência nacional.
A categoria também é contra a privatização dos Correios, medida defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo ele, a iniciativa melhoraria e baratearia os serviços prestados.
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