Foto: Reprodução
MANAUS, AM – O Edifício-Garagem Jorge Teixeira, mais conhecido como Garajão, localizado no Centro da cidade, está sem reformas e desativado desde 2018. O prédio está com sua estrutura completamente comprometida. O edifício possui 14 andares e 400 vagas de estacionamento.
De acordo com informações da população, que passa pelo local diariamente, é possível ver a rachadura no Garajão e os transeuntes temem que o prédio venha a desabar.
Desativado desde 2018, o edifício é conhecido como um dos maiores elefantes brancos da capital amazonense. Em 2020, o ex-prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) foi até a Câmara Municipal de Manaus (CMM) apresentar uma proposta de venda para se “livrar” da administração do local, que segundo Neto, embora tenha uma ótima localização, o prédio já enfrentava problemas como componente estrutural, elétrico e hidrossanitário.
Segundo o ex-prefeito, as despesas com o imóvel ultrapassaram as receitas. Na época, a Câmara aprovou a venda, porém, os valores não foram definidos e o projeto voltou para a sanção de Arthur Neto.
O Portal AM1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), e o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), para saber mais detalhes de quem é a responsabilidade sobre a construção. A Seminf não se manifestou e o Implurb informou que “não tem ingerência sobre o edifício Garajão”.
Já a Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom) informou que há estudos técnicos, da Defesa Civil, que atestam que o prédio não corre risco iminente de desabamento e que houve uma consulta para a realização da reforma, o que se tornou inviável, pelo custo que seria de R$ 13 milhões. A Semcom informou, ainda, que o prédio deve ir a leilão este primeiro semestre e que o local faz parte do patrimônio da Manaus Previdência.
Confira a nota na íntegra:
A Prefeitura de Manaus, por meio da Manaus Previdência, informa que, diante das condições estruturais do Edifício Jorge Teixeira, conhecido como Edifício-Garagem, no Centro de Manaus, a autarquia solicitou uma visita técnica da Defesa Civil do Município, cujos técnicos estiveram esta semana no local e descartaram o risco de desabamento iminente. Esta avaliação se junta a dois laudos já realizados pela Defesa Civil nos anos de 2018 e 2020, que descrevem a situação do prédio e também descartam um risco de desabamento iminente.
Além disso, a Manaus Previdência encomendou em 2019 um projeto executivo de recuperação estrutural e reforma, realizado pela empresa AGC Engenharia Ltda., que indica a necessidade de uma reforma completa, situação que demandaria, à época, um investimento público superior a R$13 milhões.
Diante do custo inviável da reforma para os cofres públicos, o prédio deverá entrar no leilão da Prefeitura de Manaus, programado para o primeiro semestre de 2022.
O processo de leilão foi iniciado em 2019, mas, devido à pandemia que paralisou muitas demandas do município, o leilão foi sobrestado. Portanto, deverá ser retomado este ano.
O Edifício-garagem, inaugurado pela Prefeitura em 1988, passou a fazer parte do patrimônio da Manaus Previdência em 2005, quando a autarquia municipal foi criada.
Confira as imagens:
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