Brasília – Durante uma palestra, nesta sexta-feira (13), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que, enquanto esteve na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), precisou gastar tempo “discutindo a bobagem do voto impresso”.
Vale pontuar que no ano passado, as urnas eletrônicas foram colocadas em dúvida em diversos momentos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que cobravam a inserção do voto impresso nas eleições de 2022.
Segundo informações do jornal Valor Econômico, Barroso deixou de dar atenção às pautas identitárias, como vagas para mulheres no Congresso Nacional, e precisou se doar para discutir o voto impresso.
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Apesar de tocar no assunto das eleições, o ministro evitou falar diretamente do Brasil e citou países como Venezuela e Rússia, como regresso democrático. “O mundo vive um momento lúgubre, triste e agressivo. Em tempos assim, é preciso ter cuidado para não entrar no clima, para não ser parte da negatividade geral”, afirmou.
Barroso aproveitou o momento para destacar os perigos das redes sociais para tentar desestabilizar o processo de manutenção da democracia. “A internet virou um espaço onde se difunde ódio e desinformação e de propagação da intolerância”, disse.
Com amplo apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), a PEC do voto impresso foi um projeto de autoria da deputada Bia Kicis (PL-DF). Em agosto de 2021, a Câmara dos Deputados barrou o projeto. A PEC do voto impresso conseguiu somente 229 votos a favor – quando era necessário 308 votos para aprová-la.
(*) Com informações do Uol
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