Manaus, 5 de maio de 2024
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Política

Gerente da Pfizer conta que reuniões com Bolsonaro começaram em maio de 2020

A revelação ocorre um dia depois de Wajngarten contar que a Pfizer ficou sem resposta do governo federal por dois meses

Gerente da Pfizer conta que reuniões com Bolsonaro começaram em maio de 2020

Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

BRASÍLIA, DF – A audiência da CPI nesta quinta-feira (13) recebe o gerente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, informou que as reuniões com o governo federal para a compra das vacinas começaram em maio de 2020, antes da Covid-19 se espalhar pelo Brasil. A revelação ocorre um dia depois do depoimento de Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação, que contou que as propostas da empresa Pfizer ficaram sem respostas por dois meses.

Conforme dito no depoimento, Carlos Murillo afirmou que a reunião que ocorreu em maio de 2020 tratava-se da aquisição de vacinas pelo governo federal. Mais duas propostas foram feitas ao Brasil no período até agosto de 2020. No mesma época, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) incentivava o uso da hidroxicloroquina, medicamento sem comprovação científica no combate ao novo coronavírus.

Leia mais: Documento da Pfizer comprova que Governo Federal ignorou oferta de vacinas em setembro

Somente após meses de negociação, o governo fez fechou um acordo com a Pfizer em março de 2021. Serão 100 milhões de doses da vacina da empresa. No ano passado, a empresa ofereceu a compra imediata de 70 milhões de doses da vacina, com a entrega agendada a partir do mês de dezembro de 2020.

A vacinação contra a Covid-19 no Brasil iniciaram no mês de janeiro deste ano, com as vacinas da CoronaVac, produzidas pelo Instituto Butantan com a empresa chinesa Sinovac.

(*) Com informações do Uol