Manaus, 2 de maio de 2024
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Política

Governo federal tem péssima avaliação na crise do coronavírus

O presidente Jair Bolsonaro tem assumido uma postura de minimizar o perigo do coronavírus, tratando a questão como "histeria" disseminada pela mídia.

Governo federal tem péssima avaliação na crise do coronavírus

(Foto: Flavio Corvello/Futura Press/Folhapress)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem a pior avaliação sobre a gestão da crise do coronavírus no Brasil em comparação com o desempenho dos governadores e do Ministério da Saúde.

A pesquisa feita pelo Datafolha ouviu, por telefone, 1.558 pessoas entre 18 e 20 de março.

A pesquisa tem uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos e aponta que Bolsonaro tem aprovação de 35% na gestão da crise.

Os governadores são avaliados com uma atuação boa ou ótima por 54% dos entrevistados.

O Ministério da Saúde, comandado por Luiz Henrique Mandetta, recebeu a aprovação de 55% dos entrevistados.

O presidente Jair Bolsonaro tem assumido uma postura de minimizar o perigo do coronavírus, tratando a questão como “histeria” disseminada pela mídia.

 

Manifestações

 

No dia 15 de março, ele desrepeitou as recomendações do Ministério da Saúde para ficar isolado após casos de infecção na comitiva que o acompanhou nos Estados Unidos e  participou de uma manifestação de apoio ao governo, em Brasília.

No ato, ele interagiu com diversos apoiadores.

A ida do presidente à manifestação foi reprovada por 68% dos entrevistados, um percentual de 27% aprovou a atitude do mandatário e 5% preferiu não opinar.

Essa atitude foi na contramão da adotada por vários governadores como João Doria (PSDB-SP) e Wilson Witzel (PSC-RJ), que enfrentam a crise adotando atitudes de contenção da crise sanitária e respeitando as recomendações do Ministério da Saúde.

Eles também têm tecido fortes críticas a conduta do Planalto.

Um total de 15% dos entrevistados que votaram no presidente afirmam se arrepender do voto de 2018.

O mandatário perde apoio também entre as classes mais ricas: 51% entre aqueles com renda acima de 10 salários mínimos o classificam como ruim ou péssimo.

Na análise do jornal Folha de São Paulo, isso pode sugerir um padrão de mudança na situação econômica, principalmente se isso se agravar com a pandemia.

Por região, o Planalto sofre rejeição de 41% no Nordeste, 34% no Sudeste, 24% no Norte e no Centro-Oeste e 23% no Sul.

Os sulistas também apontam maior índice de aprovação ao mandatário na gestão da crise, 42% avaliam bem o seu desempenho.

Norte e Centro-Oeste 56% apontam como bom ou ótimo o desempenho dos chefes estaduais, no Sudeste o percentual é de 52% e no Nordeste é de 51%.

 

(*) Com informações do jornal Folha de São Paulo