Manaus, 17 de maio de 2024
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Brasil

Governo vai financiar projetos de desenvolvimento em áreas indígenas ameaçadas pelo narcotráfico

O edital de R$ 3 milhões vai financiar os trabalhos de organizações indígenas e comunitárias.

Governo vai financiar projetos de desenvolvimento em áreas indígenas ameaçadas pelo narcotráfico

Edital vai financiar os trabalhos de organizações indígenas e comunitárias (Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil)

Brasília (DF) – Os ministérios da Justiça e Segurança Pública e dos Povos Indígenas lançaram, nesta segunda-feira (5), em Brasília, um edital no valor de R$ 3 milhões para financiar projetos de desenvolvimento sustentável em territórios indígenas ameaçados pelo narcotráfico e pelo crime organizado.  

O evento ocorre no Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho). A mesma data marca o primeiro ano dos assassinatos do indigenista e funcionário licenciado da Funai, Bruno Pereira, e do jornalista britânico Dom Phillips, no Vale do Javari, oeste do estado do Amazonas.

O edital será coordenado pela Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que, pela primeira vez, constrói uma política voltada às populações indígenas, de acordo com a secretaria da Senad, Marta Machado.

A secretária afirmou que as consequências da atuação do crime organizado aos povos originários precisam ser prevenidas e combatidas com urgência.

“O agravamento dessa situação impõe às populações indígenas uma série de violências, ameaças, coações, assassinatos de lideranças, violência e exploração sexual, trabalho forçado em atividades ilícitas, cooptação de jovens para o tráfico, disponibilização indevida de drogas em seus territórios. O avanço das organizações criminosas sobre as terras indígenas também impacta em questões de saúde indígena, como doenças e distúrbios associados ao abuso do álcool e de outras drogas”.

Lançado para reduzir o impacto do narcotráfico em populações indígenas, o edital vai financiar os trabalhos de organizações indígenas e comunitárias.

“Entendemos que as ações de repressão que vêm sendo retomadas e conduzidas pelas polícias devem andar par e passo com as ações de acesso a direitos e de desenvolvimento social e humano que fortaleçam as comunidades e as tornem mais resilientes”, esclarece Marta Machado.

(*) Com informações da Agência Brasil

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