Manaus, 6 de maio de 2024
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Manaus, 6 de maio de 2024

Política

Greta Thunberg chama Bolsonaro de incompetente na OMS

Ativista disse que presidente do Brasil não soube liderar o País no enfrentamento à pandemia e doou o equivalente a mais de R4 600 mil para a compra de vacinas.

Greta Thunberg chama Bolsonaro de incompetente na OMS

Foto: Divulgação

MANAUS, AM  –  A ativista Greta Thunberg, 18, criticou a gestão ambiental e sanitária do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante uma coletiva transmitida para o mundo todo na OMS (Organização Mundial da Saúde), nesta segunda-feira (19). Chamada de “pirralha” pelo brasileiro em 2019, ela disse que Bolsonaro foi incompetente na gestão da pandemia. “Falhou em tomar responsabilidades para preservar as condições de vida atuais e futuras da humanidade”.

Bolsonaro tem sido criticado mundialmente tanto por políticas ambientais como pelo agravamento dos números da pandemia no país. A organização Médicos sem Fronteiras classificou o quadro no Brasil como “catástrofe humanitária”. E foi seguido pela ativista. “A ciência mostra que vamos vivenciar pandemias devastadoras mais frequentemente a não ser que drasticamente mudemos nossos hábitos e a forma como tratamos a natureza”, disse Greta. “Estamos criando condições ideais para que doenças se espalhem de um animal a outro e para nós.”

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Outra crítica feita pela ativista foi contra o nacionalismo das vacinas, que, segundo ela, é o que está comandando a distribuição das doses. “A única coisa moralmente certa a fazer é priorizar as pessoas que são mais vulneráveis, vivam elas em um país de alta ou de baixa renda.” Greta  anunciou uma doação de 100 mil euros (R$ 668 mil) –por meio da fundação que leva seu nome– para o consórcio Covax da OMS, para combater “a tragédia da desigualdade vacinal”.

Foto: Reprodução Instagram

O sistema Covax é uma associação pública-privada entre a OMS, a Aliança de Vacinas (Gavi) e a Coalizão para as Inovações no Preparo para Epidemias (Cepi) para garantir uma distribuição igualitária do imunizante, especialmente em 92 países pobres.
Na entrevista coletiva, o diretor da organização reforçou a questão. “Temos as ferramentas para controlar essa pandemia em questão de meses, se as aplicarmos consistentemente e equitativamente”, afirmou Ghebreyesus.

(*) Com informações da Folhapress