Manaus, 18 de abril de 2025
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Manaus, 18 de abril de 2025

Política

Greve do INSS: 26% das unidades no Amazonas foram impactadas

Segundo a nota enviada pelo Sinssp ao Portal AM1, um terço das agências de atendimento estão parcial ou totalmente fechadas em todo o país.

Greve do INSS: 26% das unidades no Amazonas foram impactadas

Reunião dos servidores do INSS - Foto: (Victor castelo Branco Cyrino)

Brasília (DF) – Cerca de 24% dos servidores do Amazonas aderiram ao movimento grevista por melhorias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O dado faz parte da apuração do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência (Sinssp).

Atualmente, o número total de servidores que atuam no INSS do estado é de 210.

Segundo a nota enviada pelo Sinssp ao Portal AM1, um terço das agências de atendimento estão parcial ou totalmente fechadas em todo o país. Além disso, o sindicato indica que o instituto perdeu 60% da força de trabalho.

No Amazonas, das 26 unidades, seis foram impactadas pelo movimento.

  • Maués;
  • Manacapuru (Parcial);
  • Rio Preto da Eva;
  • Presidente Figueiredo;
  • Aleixo (Parcial) e
  • Codajás (Parcial).

Em contrapartida, o instituto afirma que apenas duas agências foram impactadas no estado. Sobre os atendimentos, o INSS afirmou que o movimento não gerou grandes consequências.

“O INSS orienta aos segurados e seguradas o uso do Atesmed nos casos atendimento pericial visando auxílio-doença com afastamento de até 180 dias.”

Mais de 100 serviços relacionados ao INSS são ofertados por meio da plataforma Meu INSS, que também possui uma versão para celular.

Confira as reivindicações dos servidores:

  • Nível superior para o ingresso no cargo de Técnico do Seguro Social;
  • Atribuições exclusivas para os servidores que compõem a Carreira do Seguro Social;
  • Enquadramento como Carreira Típica de Estado ou “Estratégica Finalística/Transversal Estruturante”;
  • Reestruturação da tabela remuneratória de acordo a NT13 (com Adicional de Qualificação);
  • Abertura das Mesas Setoriais com prazo improrrogável (Defesa do teletrabalho, novas regras para o Bônus e pontuação).

A greve começou no dia 10 de julho e, até o momento, não existe uma previsão para o retorno dos servidores às agências.

Segundo os servidores, o acordo firmado com o governo federal em 2022 não foi cumprido, o técnico de Seguro Social, Victor Castelo Branco, destacou ao Portal AM1 que a paralisação foi a única forma de chamar a atenção do governo para uma negociação.

“Os servidores anseiam por condições dignas de trabalho, pois são constantemente assediados com metas abusivas; sem computadores; quedas contínuas de sistemas; não abatimento nas metas pelas constantes quedas de sistemas; (…) o governo judicializou a greve, não abriu mesa de negociação específica de greve, indicando que não deseja negociar. Tenta acuar os servidores com a judicializaçao”, pontuou Branco.

Na última semana, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), por meio da ministra Maria Thereza de Assis Moura, exigiu que as agências atuassem com pelo menos 85% dos serviços essenciais.

O descumprimento da ordem judicial geraria uma multa de R$ 500 mil por dia.

Para o sindicato, a decisão judicial não aponta ilegalidade na greve, apenas destaca a manutenção das unidades e serviços essenciais.

“Essa decisão está sendo analisada pelo departamento jurídico do SINSSP-BR com a finalidade de propor um instrumento jurídico que possa contra argumentar a decisão que foi tomada pelo STJ”, afirma o Sinssp.

 

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