Manaus, 1 de maio de 2024
×
Manaus, 1 de maio de 2024

Economia

Guedes compara pressão por reajustes salariais a desastre de Brumadinho

O ministro também disse que pedir reajuste salarial neste momento, em meio à pandemia, 'é se recusar a compartilhar os custos da guerra'

Guedes compara pressão por reajustes salariais a desastre de Brumadinho

(Foto: Divulgação)

BRASIL – Em uma mensagem enviada no último fim de semana ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou a concessão de reajustes salariais aos servidores públicos, neste momento, ao rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019.

A mensagem, também repassada a auxiliares presidenciais e integrantes da equipe econômica, destacou que a concessão dos aumentos salariais, neste momento, pode criar pequenos vazamentos na economia brasileira, levando-a à explosão.

“É Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos até explodir barragem e morrerem todos na lama”, ressaltou em trecho da mensagem.

Na última segunda-feira (27), servidores da Receita Federal iniciaram greve nacional após o governo federal ter incluído na proposta orçamentária de 2022 a previsão de reajuste apenas para agentes de segurança, em um montante de R$ 1,7 bilhão.

Leia mais: ‘O dólar está alto por causa desse barulho político infernal’, afirma Paulo Guedes

Além da Receita Federal, outras entidades do serviço público também programam paralisação, em janeiro, em busca de reajustes salariais, no que pode ser, segundo integrantes das associações, a maior paralisação no serviço público dos últimos nove anos.

Na mensagem de Guedes, o ministro disse, ainda, que pedir reajuste salarial neste momento, em meio à pandemia do coronavírus, “é se recusar a compartilhar os custos da guerra”.

“Não podem transformar o esforço de guerra de uma geração em farra eleitoral”, disse. “Somos uma geração que já pagou pela guerra da pandemia”, acrescentou.

Segundo o ministro, a concessão neste momento seria “irresponsabilidade fiscal e falta de compromisso com futuras gerações”. Ele também alertou que uma série de reajustes salariais deve pressionar ainda mais os índices inflacionários.

O ministro acrescentou que a aprovação da reforma administrativa, com dificuldades de tramitação no Congresso Nacional, ajudaria na reestruturação das carreiras públicas dos segmentos descontentes.

“A reforma administrativa corta R$ 30 bilhões por ano e poderia aumentar 10% dos salários do funcionalismo”, ressaltou.

*Com informações do site Metrópoles

Acompanhe em tempo real por meio das nossas redes sociais: Facebook, Instagram e Twitter