Manaus, 6 de maio de 2024
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Haddad espera corte de 0,5 ponto da Selic nesta quarta-feira (2)

Compom anunciará a decisão sobre os juros nesta quarta. Para o ministério, estão dadas as condições para uma queda mais agressiva.

Haddad espera corte de 0,5 ponto da Selic nesta quarta-feira (2)

(Foto: Daniel Dan/Pexels)

Brasília (DF) – Nesta terça-feira (1º), em Brasília, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), começou a quinta reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. A expectativa do Ministério da Fazenda é que o Copom reduza a taxa em 0,5 ponto percentual (p.p.).

Nesta quarta-feira (2), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão sobre os juros. Para o ministério, estão dadas as condições para uma queda mais agressiva da Selic.

Devido à queda da inflação nos últimos meses, agentes de mercado ouvidos pela CNN e a Fazenda aguardam um corte dos juros, atualmente em 13,75% ao ano.

Caso a Selic caia, essa seria o primeiro corte desde agosto de 2020, quando os juros haviam sido reduzidos de 2,25% para 2% ao ano.

Segundo a edição mais recente do boletim Focus — pesquisa semanal com analistas de mercado e divulgado na última segunda (31) —, a taxa básica deverá cair 0,25 ponto percentual.

A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre o ano em 12% ao ano.

Desde a campanha presidencial e ao longo deste terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem criticado o alto patamar dos juros.

Em junho, Lula afirmou que o atual nível da taxa Selic atrapalha os investimentos e que não existe nenhuma justificativa para que os juros básicos estejam no atual patamar.

Inflação

Na ata da última reunião, em junho, o Copom acenou com a possibilidade da queda dos juros em agosto. Após uma série de comunicados duros no início do ano, em que não descartava a possibilidade de elevar a taxa Selic, o Copom mudou de tom e admitiu a redução dos juros básicos por causa do comportamento dos preços.

“A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião [em agosto]”, informou o Copom na ata.

Taxa Selic e o controle da inflação

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto — comprando e vendendo títulos públicos federais — para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

(*) Com informações da CNN

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