
Foto: (Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)
Brasília (DF) – Nesta sexta-feira (28) pré-carnavalesca, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a deputada federal Gleisi Hoffmann como ministra da Secretaria de Relações Institucionais.
O cargo estava vago após a troca de Alexandre Padilha para o ministério da Saúde. Nas redes sociais, Lula confirmou a presidente do PT como braço nas articulações do governo federal.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), emitiu uma nota desejando sucesso à parlamentar.
“Fui comunicado pelo presidente Lula sobre sua decisão em nomear a deputada federal Gleisi Hoffmann para o cargo de Ministra das Relações Institucionais. Desejo muito sucesso nessa importante missão de dialogar com o Parlamento. Em nome do Congresso Nacional, reafirmo nosso compromisso em trabalhar sempre em defesa do Brasil”, disse
Já na Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) destacou no X que foi comunicado pelo presidente por telefone e desejou pleno êxito na nova função de ministra.
Para assumir a vaga de ministra, Gleisi Hoffmann deve deixar a presidência do PT antes da posse, que ainda não foi agendada pelo Palácio do Planalto. Em suas redes sociais, ela agradeceu a confiança do presidente e destacou que deve continuar “dialogando democraticamente”.
“Sempre entendi que o exercício da política é o caminho para avançarmos no desenvolvimento do país e melhorar a vida do nosso povo. É com este sentido que seguirei dialogando democraticamente com os partidos, governantes e lideranças políticas, como fiz nas posições que ocupei no Senado Federal, na Câmara dos Deputados, na Casa Civil, na Diretoria de Itaipu e, atualmente, na presidência do PT”, disse a parlamentar.
Aliados sugeriram nome do ‘centrão’
O cientista político Guilherme Soares afirmou ao Portal AM1 que o nome de Gleisi não foi a primeira opção de Lula para a pasta, visto que os aliados do mandatário sugeriram parlamentares de centro com uma melhor articulação política.
“É uma tentativa de manter o PT como principal ponto da articulação política entre o Executivo e o Legislativo, talvez seja um movimento arriscado por parte do presidente, já que, inclusive, alguns aliados dele sugeriram que ele passasse esse ministério para um membro do centrão, justamente para ter essa facilidade com o Congresso”, disse o especialista.
A presidente do PT possui um largo histórico dentro do Congresso Nacional, a paranaense já atuou no Senado Federal entre 2011 e 2018 em pautas vinculadas aos direitos trabalhistas e programas sociais. Também foi acusada durante a Operação Lava Jato, mas foi absolvida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2018. Já na Câmara, a parlamentar foi eleita em 2018 e reeleita em 2022.
“Ela não é uma parlamentar que tem um trâmite tão forte como, por exemplo, dentro do Congresso como Padilha tinha, a Gleisi tem um pouco mais de rejeição por alguns membros do centrão, a oposição não tem um respeito pela Gleisi como Padilha tinha”, pontuou Soares.
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