Manaus, 11 de maio de 2024
×
Manaus, 11 de maio de 2024

Cidades

Ibama multa em R$ 241 mil por crimes ambientais em terra indígena no Amazonas

O Programa de Quelônios da Amazônia (PQA), que visa apoio às comunidades ribeirinhas e indígenas, também realizou a soltura de 25 quelônios.

Ibama multa em R$ 241 mil por crimes ambientais em terra indígena no Amazonas

(Foto: Divulgação / Ibama)

Manaus (AM) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou multa no valor de R$ 241 mil em decorrência de crimes ambientais no Amazonas.

Em conjunto com as ações do Programa de Quelônios da Amazônia (PQA), que visa apoio às comunidades ribeirinhas e indígenas, também foi realizada a soltura 25 quelônios.

A Operação Tabuleiro II ocorreu entre os dias 07 de agosto e 19 de setembro, cujo objetivo era reprimir a captura de quelônios e demais ilícitos ambientais encontrados durante a fiscalização.

Além do monitoramento, também foram realizadas reuniões para a adesão de novos participantes e inserção de novas áreas ao programa. Essas ações englobaram os Municípios do Careiro Castanho, Humaitá, Manicoré, Lábrea, Canutama, Tapauá, Pauini e Boca do Acre. O IBAMA contou com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai),

Walmir Nogueira, responsável pelo PQA no Amazonas, ressalta que a multa pela captura de quelônios sem a devida autorização é de R$ 5 mil por indivíduo ou ovo, apreensão da embarcação e demais petrechos utilizados na captura dos espécimes (Decreto 6514/08). Além de seis meses a um ano de detenção (Lei 9605/98).

“O PQA tem obtido a adesão cada vez maior de populações tradicionais. Temos atingido outras regiões além da calha do Purus e Madeira, tais como a calha do Juruá (Juruá, Carauari, Itamarati e Eirunepé), a calha do Japurá (Maraã e Japurá), a calha do Rio Negro (Novo Airão e Barcelos, com perspectivas de trabalho em Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira), a calha do Solimões (Coari, Tefé, Fonte Boa, Jutaí e Tonantins, com perspectiva de trabalho em São Paulo de Olivença e Atalaia do Norte). Graças a esses esforços, já houve a soltura de mais de 100 milhões de quelônios, desde a segunda metade da década de 70 na Amazônia”, disse.

Cícero Furtado, coordenador da operação, acrescentou: “O IBAMA fiscaliza e ao mesmo tempo apoia quem deseja trabalhar na legalidade. A fiscalização e o monitoramento das áreas do PQA e de seu entorno possibilitam a reprodução de quelônios das mais diversas espécies, tartarugas, traçajás, iaças e coíbem a sua captura de forma ilegal.”

Durante a fiscalização, uma empresa que praticava pesca esportiva na Terra Indígena Baixo Marmelo, sem autorização da Funai, também foi multada.

Além das multas aplicadas, foram apreendidos, 17 ovos de jacaré, 9 ovos de quelônios, 1 veado abatido, 7 botes de 6 metros de comprimento, 5 motores de popa (Suzuki) de 30 hp, 1 Balsa (tipo ferryboat), 1 barco de madeira de 18 metros de comprimento, 2 canoas e 2 rabetas.

A próxima fase da Operação Tabuleiro já iniciou e continuará durante todo o segundo semestre no estado.

LEIA MAIS: