Um grupo de indígenas do Alto Solimões protestou em frente ao Hospital Delphina Aziz, na manhã dessa segunda-feira, 04, durante a visita do ministro da Saúde Nelson Teich.
Com cartazes nas mãos, os índios conversaram com o titular da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Robson Silva, que está em Manaus acompanhando Teich e o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello.
“A gente quer que os indígenas que estão no contexto urbano sejam reconhecidos. Em Santo Antônio do Iça são nove kokamas mortos, e eu não sei quantos estão notificados, porque pela Sesai não está. Eles precisam que o governo e o estado olhe por essas populações. Não tá vindo mais nenhum parente indígena para Manaus, nós precisamos de ajuda”, denunciou a indígena Vanda Ortega, da etnia Uitoto.
Segundo ela, as unidades de saúde indígena do interior não têm tido suporte para atender os doentes com o novo coronavírus.
Ela afirma que o estado já tem 23 indígenas mortos pela Covid-19, nove apenas em São Gabriel da Cachoeira.
Em resposta aos protestos, o secretário da Sesai afirmou que tem conhecimento desses problemas, que segundo ele, foram herdados de governos anteriores, mas não justificam a atual desassistência.
“Estamos aqui exatamente para ouvir as demandas. Tudo que você falou é verdade, é real, e são problemas que nós herdamos”, disse.
O secretário disse, ainda, que avalia junto ao Ministério da Saúde a construção de uma unidade específica para os indígenas dentro do Hospital de Retaguarda da Nilton Lins.
“Nós vamos sair daqui com uma solução. A nossa ideia é separar uma ala inteira, dentro do Hospital da Nilton Lins para atender vocês”, afirmou.
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