Dom Phillips e Bruno Pereira (Foto: Reprodução/Fantástico)
MANAUS – Às vésperas das execuções do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira completarem quatro meses, uma equipe da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) encontrou o celular de Dom, seus documentos pessoais e os de Bruno.
Os indígenas encontraram os objetos na última quarta-feira (28) numa área próxima ao local onde a dupla foi assassinada, às margens do Rio Itacoaí. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (30) pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
A direção da Univaja vai encaminhar os objetos à Polícia Federal. A perícia no telefone usado por Dom pode contribuir com a investigação, revelando detalhes sobre as horas que antecederam os assassinatos do jornalista e do indigenista. A quebra do sigilo de dados do aparelho pode mostrar, por exemplo, se Dom fez imagens ou gravou conversas dos suspeitos de participação no crime.
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A Polícia Federal e o Ministério Público Federal desmembraram a investigação sobre o crime em dois inquéritos. Em um deles são apurados os detalhes em torno dos assassinatos e da participação de cada suspeito. Três pessoas já foram denunciadas pelas mortes: Amarildo de Oliveira, o Pelado; seu irmão, Oseney Costa de Oliveira; e Jefferson Lima da Silva, o Pelado da Dinha.
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No segundo inquérito, os policiais federais apuram – em paralelo às execuções de Bruno e Dom – o envolvimento de moradores das comunidades ribeirinhas de São Gabriel e São Rafael, às margens do Rio Itacoaí, nas invasões para pesca e caça predatórias na TI do Vale do Javari. O indigenista vinha denunciando Pelado como líder do bando há pelo menos dois anos. Foi essa parte da investigação que levou a Polícia Federal a realizar uma operação em 5.ago.2022.
*Com informações da Abraji
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