Manaus, 7 de maio de 2024
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Manaus, 7 de maio de 2024

Economia

Indústria recua em 14,2% no Amazonas em abril, aponta IBGE

O dado coloca o Amazonas com o recuo mais acentuado em todo país, em comparação com o mês de março deste ano.

Indústria recua em 14,2% no Amazonas em abril, aponta IBGE

(Foto: Divulgação/Assessoria)

Manaus (AM) – Em uma baixa histórica negativa, a indústria no Amazonas recuou 14,2% em abril deste ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo mês, a produção industrial nacional recuou 0,6% frente a março, na série com ajuste sazonal, e outros nove estados dos 15 locais pesquisados apresentaram taxas negativas.

O recuo mais acentuado, além do Amazonas (-14,2%), foi registrado em Pernambuco (-5,5%), que acabou eliminando parte da expansão de 33,5% acumulada nos três primeiros meses de 2023.

Segundo o IBGE, Ceará (-3,7%), Minas Gerais (-3,0%), Região Nordeste (-2,4%), Paraná (-2,2%), Rio de Janeiro (-1,8%), Goiás (-1,5%) e Espírito Santo (-1,2%) também mostraram taxas quedas mais intensas do que a média nacional (-0,6%), enquanto São Paulo (-0,2%) completou o conjunto de locais com índices negativos em abril de 2023.

Já Rio Grande do Sul (2,2%) apontou o maior avanço no mês. Santa Catarina (1,1%), Bahia (1,1%), Pará (0,3%) e Mato Grosso (0,1%) assinalaram os demais resultados positivos em abril.

O dado coloca o Amazonas com o recuo mais acentuado em todo país, em comparação com o mês de março deste ano, e interrompe quatro meses consecutivos de crescimento na produção, período no qual o Amazonas acumulou um ganho de 22,3%.

No acumulado do ano, até agora, o Amazonas registrou um aumento de 11,2% na produção, também liderando o ranking nacional, segundo o IBGE.

O Estado é seguido por Minas Gerais (6,5%), Rio de Janeiro (3,4%), Maranhão (1,7%), Rio Grande do Norte (0,6%) e Mato Grosso do Sul (0,6%) que mostraram os demais resultados positivos.

 

Demais resultados negativos

Comparado com o mês de abril de 2022, a indústria recuou 2,7% em abril deste ano, com resultados negativos em 12 dos 18 locais pesquisados.

As quedas mais intensas foram no Maranhão (-16,4%), pressionado, principalmente, pelo comportamento negativo observado nos setores de metalurgia (óxido de alumínio), indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural) e bebidas (cervejas, chope e refrigerantes), seguido pelo Ceará (-7,8%), Rio Grande do Sul (-7,2%), Pernambuco (-6,7%), Santa Catarina (-5,9%), Mato Grosso do Sul (-5,4%), Região Nordeste (-4,8%), Rio de Janeiro (-4,2%) e São Paulo (-3,6%).

As maiores altas foram registradas por Rio Grande do Norte (14,5%) e Mato Grosso (11,0%), impulsionados pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleos combustíveis) e indústrias extrativas (sal marinho), no primeiro; e de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico), no segundo. Pará (5,1%), Minas Gerais (2,2%), Bahia (0,8%) e Amazonas (0,6%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês.

A média móvel trimestral foi positiva em oito dos 15 locais pesquisados, com destaque para os avanços mais acentuados assinalados por Bahia (3,8%), Pará (2,7%), Pernambuco (2,6%), Região Nordeste (2,2%) e Mato Grosso (1,0%). Por outro lado, Goiás (-2,5%), Amazonas (-1,1%), Paraná (-1,0%) e Espírito Santo (-0,9%) mostraram os principais recuos em abril de 2023.

Acumulado no ano

O acumulado nos últimos 12 meses assinalou perda de ritmo frente ao resultado do mês anterior (0,0%), quando interrompeu a sequência de dez meses de resultados negativos.

Em termos regionais, dez dos 15 locais pesquisados registraram taxas negativas em abril de 2023 e dez apontaram menor dinamismo frente aos índices de março de 2023.

Rio de Janeiro (de 5,1% para 3,5%), Pernambuco (de -3,3% para -4,9%), Bahia (de 0,6% para -0,9%), Região Nordeste (de -1,2% para -2,4%), Ceará (de -3,2% para -4,4%), Rio Grande do Sul (de -1,2% para -1,7%) e São Paulo (de 0,5% para 0,2%) assinalaram as maiores perdas entre março e abril de 2023, enquanto Pará (de -7,0% para -6,1%), Paraná (de -3,8% para -3,4%) e Minas Gerais (de 1,1% para 1,3%) mostraram os principais ganhos entre os dois períodos.

 

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