Manaus, 27 de abril de 2024
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Manaus, 27 de abril de 2024

Política

Internautas fazem campanha contra projeto Escola Sem Partido

Internautas, educadores e políticos contrários ao projeto estão se manifestando nas redes sociais

Internautas fazem campanha contra projeto Escola Sem Partido

(Foto: Reprodução/Internet)

O projeto de lei Escola sem Partido volta a ser assunto na Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira, 07. Alvo de inúmeras críticas, a proposta estabelece que toda sala de aula deverá ter um cartaz especificando os deveres dos professores, como não atrair os alunos para nenhuma corrente política, partidária ou ideológica.

A votação deve ocorrer na tarde de hoje, 7. (Foto: Reprodução/Internet)

Internautas, educadores e políticos contrários ao projeto estão se manifestando nas redes sociais com hashtag #EscolaSemCensura, para chamar a atenção das autoridades. Uma das manifestações nas redes foi de Manuela D’Ávila (PCdoB), que concorreu ao cargo de vice na chapa de Fernando Haddad (PT) à Presidência, nas últimas eleições.

“Com o falso pretexto de acabar com a doutrinação ideológica nas salas de aula, o programa “Escola sem Partido”, na verdade, impõe um discurso único e autoritário de uma só voz”, opinou em sua conta no Twitter. 

https://twitter.com/alandontgiveafu/status/1060232599451455488

O texto sugere algumas mudanças em relação ao parecer anterior, entre elas, a inclusão de artigo determinando que o Poder Público não se intrometerá no processo de amadurecimento sexual dos alunos nem permitirá qualquer forma de dogmatismo ou tentativa de conversão na abordagem das questões de gênero.

 

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Estão mantidas no texto uma série de proibições para os professores das escolas públicas e privadas da educação básica, como promover suas opiniões, concepções, preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias. Além disso, está mantida a proibição, no ensino no Brasil, da “ideologia de gênero”, do termo “gênero” ou “orientação sexual”.

Na semana passada, alunos e professores lotaram o plenário da comissão para protestar contra a matéria. Houve embate com alguns defensores do Escola sem Partido, que também estavam no plenário em menor número.

Por causa disso, o deputado presidente da comissão, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), não descarta a hipótese de a nova reunião ser fechada ao público. A oposição, no entanto, já avisou que não aceitará que a reunião seja fechada. 

A votação da semana passada acabou adiada por causa do início das votações no Plenário da Câmara.

Nesta quarta há ainda a possibilidade de um pedido de vista adiar novamente a votação

 

 

 

*Com informações da Câmara dos Deputados