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Brasil

Janja cita privatização de energia nas redes sociais e é criticada

A esposa de Lula foi criticada por seguidores e também por jornalistas, que questionaram se o motivo do apagão foi realmente a privatização.

Janja cita privatização de energia nas redes sociais e é criticada

Janja Lula (Foto: Reprodução / Ricardo Stuckert)

Após um apagão atingir todas as regiões brasileiras na manhã desta terça-feira (15), a primeira-dama Rosângela da Silva, a “Janja”, citou a privatização da Eletrobras em uma publicação nas redes sociais e foi criticada por internautas.

“A ELETROBRAS FOI PRIVATIZADA EM 2022. Era só esse o tuite”, escreveu.

Em seguida, jornalistas chegaram a criticar a atitude da esposa de Lula, ao dizerem que essa não é a função da primeira-dama. “A menos que ela tenha alguma informação em relação a descumprimento, nesse um ano de privatização, de contratos que fragilizaram o sistema [poderia falar sobre o assunto]”.

Ainda, os jornalistas questionam o porquê de o apagão ter ocorrido, pois até o momento, não há informações precisas. Um deles cita: “Então, foi a privatização o problema [do apagão]? Se não, [o tuíte] é desinformação”.

https://twitter.com/mfiinha/status/1691517912794669056

 

O apagão

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), uma ocorrência na rede de operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) interrompeu 16 mil megawatts (MW) de carga.

Fontes informaram para a âncora da CNN, Raquel Landim, que a linha de transmissão de energia, no Ceará, que sofreu uma sobrecarga e gerou o apagão é da Eletrobras.

Durante entrevista coletiva na tarde de hoje, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia dito que não sabia se a linha onde ocorreu a falha era da Eletrobras, e comentou o posicionamento de Janja.

“O que a primeira-dama ‘tuitou’ nada mais é do que uma afirmativa textual. A Eletrobras foi privatizada em 2022. Mas eu vou além disso: ela foi privatizada às vésperas de uma eleição, num ano eleitoral. Portanto, eu vejo apenas como uma manifestação natural e real de um fato que realmente aconteceu e que gera instabilidade para o sistema elétrico nacional”, disse.

A Eletrobras foi privatizada em 2022. A capitalização da empresa foi criticada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pela presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, ainda durante o período eleitoral.

“Cerca de 33 milhões de brasileiros estão passando fome. As pessoas são obrigadas a escolher entre comprar comida ou pagar a conta de luz, que não para de subir. E o que faz o governo? Privatiza a Eletrobras, para aumentar ainda mais a conta de luz”, escreveu Lula na época.

Ainda durante a coletiva, nesta terça, o ministro de Minas e Energia afirmou que a privatização da Eletrobras “fez muito mal” ao sistema elétrico.

“Todos conhecem minha posição com relação à privatização. O setor estratégico para segurança do país, inclusive para segurança alimentar, energética, como o setor elétrico de um país, em especial com uma dimensão territorial como a do Brasil, não deveria ser privatizado”, disse.

Na segunda-feira (14), O CEO da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, renunciou ao cargo, segundo comunicado emitido aos investidores. O pedido foi acatado pelo conselho de administração da empresa.

O comunicado não informou a razão para o pedido de saída de Wilson Ferreira.

Para o seu lugar, o colegiado da Eletrobras elegeu Ivan de Souza Monteiro. Antes, ele ocupava a Presidência do conselho de administração.

(*) Com informações da CNN

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