Foto: Reprodução/Instagram
A jornalista e influenciadora Lygia Fazio, que tem quase 1 milhão de seguidores no Instagram, vem mostrando nas suas redes sociais que está passando por um momento complicado. Após realizar procedimentos estéticos para colocar PMMA em 2013, e posteriormente, silicone industrial nos glúteos, Lygia começou a sofrer consequências sérias de saúde e está internada em São Paulo. Mesmo com tratamentos para reverter a situação, ela chegou a ser internada no ano passado, onde realizou quatro cirurgias e sofreu de embolia pulmonar.
“Eu passei pela UTI e conheci o hospital inteiro. O PMMA calcificou meu rim. Semana passada eu fiz a cirurgia em um local que ficou necrosado. Parecia que não iria diminuir e precisei ter um aparelho ligado à veia do meu coração por 24h, mas a segunda cirurgia foi um sucesso e fechou certinho. Estou repousando e já devo ter alta. Melhorou bastante o meu cálcio, mas cheguei a tirar três quilos de pele”, disse ela.
De acordo com dados do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) de 2020, houve um aumento de quase 70% de denúncias de cirurgias estéticas mal realizadas nos últimos cinco anos. No Instagram, o perfil “@vitimasdabioplastia” conta um pouco as histórias dessas pessoas. Contudo, mesmo com esses números de denúncias crescendo, muitos acabam preferindo o silêncio.
Em conversa com a nossa equipe, Lygia Fazio revela que conhece casos de mulheres que estão entre a vida e a morte por conta desses procedimentos.
“Eu conheço meninas que fizeram com PMMA e estão com problema no rim, que calcificou. Conheço uma outra que está internada aqui em São Paulo. Uma menina que o rim dela está 50% necrosado e o outra que está 9% funcionando e vai ter que ficar internada por cinco meses para poder pensar em operar”, revelou.
Quem vem acompanhando de perto a situação de Lygia Fazio é a Dra.Giselle Mello, que é uma das principais especialistas nesses procedimentos estéticos do Brasil. De acordo com ela, os implantes líquidos como aqualift, aquagel, hidrogel e PMMA são perigosíssimos por serem permanentes e podem trazer sérias complicações.
“Assim como silicone industrial e o PMMA, que foram os produtos que a Lygia utilizou. Esses produtos vão dar problema em algum momento porque eles são definitivos. Na prótese de silicone ela tem um prazo de ser trocada e você consegue fazer isso por meio da cirurgia. Mas esses produtos a gente não consegue remover de forma fácil e você acaba tendo que tirar partes da pessoa. Nisso o risco de trombose e embolia é muito grande”, conta Dra.Giselle Mello.
Mesmo com as informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que enfatiza o risco ao utilizar esses produtos para fins estéticos, muitas pessoas acabam caindo no erro e passando por problemas seríssimos de saúde. No caso de Lygia, atualmente ela está em um bom estado, apresenta evoluções em seu quadro e vem sendo observada pela Dra.Giselle Mello.
“O alerta que eu faço é para que as pessoas é que elas passem por um profissional médico com experiência e habilidade. Elas nunca devem colocar um implante líquido definitivo no corpo, seja ele qual for o produto. As pessoas precisam procurar por tratamentos que sejam absorvíveis a longo prazo, ou que façam realmente uma cirurgia de lipoaspiração”, alerta a Dra.Giselle Mello
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
