Manaus, 10 de maio de 2024
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Manaus, 10 de maio de 2024

Cenário

Josué Neto defende uma alternativa à Zona Franca: ‘Não tem como mudar para pior’

O deputado defende a exploração sustentável de recursos naturais, como o petróleo, mas esclarece que o novo modelo econômico seria alternativo para ZFM

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado estadual Josué Neto (PSD), publicou no último domingo, 23, um artigo em seu site no qual defende a criação de uma “outra matriz econômica para substituir aos poucos as perdas das vantagens comparativas do modelo ZFM”. 

No texto, intitulado “ZFM: retrospectiva e atualidade”, o deputado relata suas lembranças políticas e critica o uso do tema Zona Franca de Manaus (ZFM) apenas para promoção pessoal, afirmando que a “ZFM parece para os políticos como din din, rala rala e pipoca para todas as crianças”, mas sem ações para o fortalecimento do modelo ou a criação de um novo. 

“Só que agora tudo mudou! E Pode mudar pra melhor ou pra menos melhor de acordo com a atuação da bancada federal e governo executivo. Não tem como mudar pra pior. Porque agora é com o Bolsonaro”, escreveu. 

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O deputado defende o uso sustentável de recursos naturais, como petróleo, gás natural e áreas de várzea para o cultivo do milho e produção de Etanol. No entanto, Josué Neto esclarece que o novo modelo seria alternativo. 

“Essa situação não pode ser analisada com a máxima do 8 ou 80. Sendo 8 para uma ZFM destruída e 80 para uma ZFM fortalecida com 120 mil empregos e recorde de exportação. Esse é o caminho da sabedoria do meio. Sabemos há tempos que vamos ter derrotas mas que podemos conquistar muito mais do que podemos perder”, acrescentou. 

ZFM em risco

O artigo é divulgado diante do cenário de insegurança que se instalou no polo de concentrados, após a publicação do decreto do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) em 8%, por apenas seis meses. 

A medida com o prazo curto, no entanto, não é vista com “bons olhos” pela bancada amazonense no Congresso Nacional e muito menos pelos empresários do setor, que pedem para que a alíquota volte para o percentual de 10%.

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O posicionamento do deputado segue a linha do discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a exploração de recursos naturais, mas apoia a manutenção do modelo econômico atual, que sofre críticas ferrenhas do Ministro da Economia, Paulo Guedes.