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Brasil

Leonardo Steiner é apontado por agências internacionais como possível sucessor do Papa

Sua trajetória e suas convicções podem moldar o futuro da Igreja Católica.

Leonardo Steiner é apontado por agências internacionais como possível sucessor do Papa

(Foto: Divulgação/CNBB)

Manaus – O cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo metropolitano de Manaus, tem aparecido como uma figura de destaque no cenário eclesiástico mundial. Considerado um forte candidato ao papado, ele representa uma visão progressista da Igreja Católica, pautada na defesa dos pobres, da Amazônia e na inclusão social.

Com um pensamento alinhado ao do Papa Francisco e uma forte atuação na defesa da Amazônia e das reformas eclesiais, Leonardo Steiner tem sido mencionado como um possível sucessor do pontífice. Sua trajetória e suas convicções podem moldar o futuro da Igreja Católica, trazendo uma abordagem renovada e uma sensibilidade única para os desafios contemporâneos.

Uma Vida Dedicada à Fé e ao Conhecimento

Nascido em 6 de novembro de 1950, em Forquilhinha, Santa Catarina, Leonardo Steiner tem raízes profundas na Igreja. Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1976 e foi ordenado sacerdote dois anos depois. Licenciou-se em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena e obteve licenciatura e doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.

O compromisso com a formação religiosa o levou a atuar como formador de seminário e mestre de noviços, além de professor e secretário na Pontifícia Universidade Antonianum. Ao retornar ao Brasil em 2003, tornou-se professor de Filosofia e pastor assistente.

  • 1978-1986: Formador do seminário
  • 1986-1995: Mestre de noviços
  • 1995-2003: Professor de Filosofia e Secretário na Pontifícia Universidade Antonianum
  • 2003-2005: Vigário paroquial na Arquidiocese de Curitiba, Brasil
  • 2005-2011: Bispo Prelado de São Félix, Brasil
  • 2011-2019: Bispo Auxiliar de Brasília, Brasil
  • 2011-2019: Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
  • 2019-: Arcebispo de Manaus, Brasil

Ascensão na Hierarquia da Igreja

Em 2005, o Papa João Paulo II nomeou Steiner bispo prelado de São Félix, iniciando sua jornada episcopal. Mais tarde, foi bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Episcopal do Brasil. O reconhecimento de sua atuação o levou a ser nomeado arcebispo de Manaus em 2019, consolidando sua posição de liderança na Igreja. Em 2022, foi elevado a cardeal pelo Papa Francisco, tornando-se o primeiro cardeal da região amazônica.

  • Ordenação sacerdotal: 21 de janeiro de 1978
  • Ordenação ao Episcopado: 16 de abril de 2005
  • Elevação ao Colégio Cardinalício: 27 de agosto de 2022

Defesa da Amazônia

Steiner tem sido uma voz ativa na preservação ambiental e na proteção das comunidades indígenas. Ele alerta para os impactos das mudanças climáticas, relacionando diretamente o desmatamento à crise ambiental. Para ele, o consumismo desenfreado precisa ser repensado, e as práticas sustentáveis das populações tradicionais oferecem um modelo valioso.

Um Cardeal Progressista em Temas Delicados

Conforme o site especializado em papada, chamado College of Cardinals Report, o cardeal se destaca por sua postura progressista dentro da Igreja. Ele apoia a ordenação de mulheres como diáconas e a normalização da homossexualidade, além de defender a possibilidade de ordenação de homens casados. Essas posições refletem seu compromisso com a sinodalidade (A sinodalidade expressa a participação e a comunhão em vista da missão), tornando a Igreja mais inclusiva e aberta ao diálogo.

O cardeal Leonardo Steiner tem se consolidado como um líder espiritual influente, cujo compromisso com a justiça social e a preservação da Amazônia coloca a Igreja Católica em diálogo com os desafios contemporâneos.

Sua trajetória reflete uma fé alicerçada na inclusão e na defesa dos mais vulneráveis, e sua ascensão na hierarquia eclesiástica reforça a importância de uma Igreja renovada e atenta às necessidades do mundo atual.

Caso venha a ocupar o papado, sua liderança poderá representar uma transformação, trazendo novas perspectivas para a Igreja e aprofundando seu compromisso com os valores humanitários e ambientais.

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