Manaus, 6 de maio de 2024
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Manaus, 6 de maio de 2024

Brasil

Lideranças indígenas entregam carta-manifesto ao Ministério Público de Roraima

O manifesto é assinado por lideranças e representantes das etnias Wapichana, Macuxi, Taurepang, Wai Wai, Patamona, Sapará, Ingaricó, Yanomami e Ye'kuana

Lideranças indígenas entregam carta-manifesto ao Ministério Público de Roraima

Documento destaca a importância da demarcação de terras indígenas (Foto: Ascom/MPF/RR)

Boa Vista (RR) – Lideranças indígenas do estado de Roraima fizeram uma caminhada do centro de Boa Vista, capital do estado, até a sede do Ministério Público Federal para protocolar a Carta Final do IV Acampamento Terra Livre de Roraima. Este ano, a maior mobilização indígena no Brasil teve como tema: “O futuro indígena é hoje – sem demarcação não há democracia”.

Os indígenas foram recepcionados pelo procurador da República, Alisson Marugal. Ao receber a carta das mãos das lideranças, ele destacou a importância do movimento e o compromisso do MPF na defesa dos direitos dos povos indígenas – compromisso este que está registrado, inclusive, Constituição Federal de 1988.

Comprometimento

O procurador da República se comprometeu a analisar as demandas e, na medida do possível, atendê-las. “As conquistas nem sempre são rápidas, mas com persistências e luta elas chegam e acontecem e é uma vitória dos povos indígenas que o Ministério Público Federal tem o prazer de assistir e também participar”, disse.

Aproximadamente mil indígenas – de vários povos e regiões do estado de Roraima – estiveram na mobilização da ATL2023 em Boa Vista ao longo da semana . A programação do ATL-RR encerrou no último sábado (29) com a recepção da delegação de lideranças que participaram da mobilização em Brasília.

Lideranças entregam carta-manifesto a procurador da República (Foto: Ascom/MPF/RR)

Manifesto

O manifesto é assinado por lideranças e representantes indígenas das etnias Wapichana, Macuxi, Taurepang, Wai Wai, Patamona, Sapará, Ingaricó, Yanomami e Ye’kuana. Entre as pautas, os grupos destacam a importância da demarcação de terras indígenas para a preservação cultural e para o desenvolvimento sustentável da região e a retirada de invasores das terras indígenas.

No documento, as lideranças se manifestam em relação à crise humanitária que aflige os povos da Terra Indígena Yanomami. Decorrente da exploração de garimpos na TI, a crise já vitimou mais de 40 indígenas apenas em 2023, entre as vítimas, algumas eram crianças.

(*) Com informações do MPF

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