Manaus, 3 de dezembro de 2024
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Manaus, 3 de dezembro de 2024

Cultura

Livraria no Amazonas celebra os 70 anos do Clube da Madrugada

Movimento cultural foi considerado um dos mais marcantes da história de Manaus

Livraria no Amazonas celebra os 70 anos do Clube da Madrugada

Manaus (AM) – Para celebrar os 70 anos da maior expressão artística e cultural do Amazonas das últimas décadas, a editora Valer realizará o ‘Colóquio: Clube da Madrugada 70 anos – Uma história feita de sonho e paixão pela palavra e pela beleza’, nos dias 20, 21 e 22 de novembro, na sede da editora Valer, localizada na rua José Clemente, 608, Largo São Sebastião, Centro.

O objetivo do evento é celebrar, discutir as ideias do movimento e o legado cultural que ele deixou não só para o Amazonas, mas para todo o Brasil. A programação começa dia 20, das 19h às 21h, e segue até o dia 22, quando foi fundado o Clube da Madrugada, em 1954.

Para a coordenadora editorial da Valer, professora doutora em Filosofia Neiza Teixeira, o movimento Madrugada expressa a preocupação social dos seus membros e o ambiente social e político de Manaus, por isso, veio com o propósito de inovar e de transformar o estilo da produção literária local.

“O Clube da Madrugada foi o mais importante movimento literário do Estado do Amazonas. Com ele, despontaram para a escrita autores como o poeta Luiz Bacellar, um dos mais ilustres da nossa literatura; o poeta e ensaísta Elson Farias, que ainda está produzindo; o artista plástico Moacir Andrade, que deixou um legado importante sobre o homem e a paisagem amazônica, além de outros. O movimento Madrugada é uma das referências da nossa produção artística e literária.”, ressaltou Neiza.

No evento, organizado pela Valer, alguns dos pioneiros do Clube estarão presentes e irão participar de rodas de conversa e palestras. Dentre eles, Elson Farias, Max Carphentier, Leyla Leong e João Bosco Araújo. Além deles, autores importantes, como Zemaria Pinto, Dori Carvalho, Luciane Páscoa, Neiza Teixeira, Rita Barbosa, Marcos Frederico Krüger, Thiago Roney e Tenório Telles, que inclusive irá lançar, na abertura do evento, o livro intitulado ‘Clube da Madrugada – presença Modernista no Amazonas’, edição especial de 70 anos do movimento.

Confira a programação do Colóquio 
Dia 20 de novembro (quarta-feira)
18h30: Apresentação musical celebrativa dos 70 anos do Clube da Madrugada – Ítalo Jimenez
19h: Abertura – Saudação: – Isaac Maciel
19h15: Tributo à memória do Clube da Madrugada
– Max Carphentier
19h35 às 20h: Fala inaugural – Tema: “Clube da Madrugada – memória e testemunho literário”
– Apresentação: Elson Farias
– Mediação: Marcos Frederico Krüger
20h às 20h40: Lançamento do livro “Clube da Madrugada – Presença modernista no Amazonas – Tenório Telles
– Apresentação: Neiza Teixeira
20h40: Recital poético – “A lírica e memória do Madrugada”
– Apresentação: Dori Carvalho
Dia 21 de outubro (quinta-feira)
19 às 19h40: Roda de conversa – Tema: “O contexto cultural brasileiro e a fundação do Clube da Madrugada”
– Apresentação 1: Zemaria Pinto
– Apresentação 2: João Bosco Araújo
– Mediação: Leyla Leong
19h45 às 20h: Recital poético – “Ser e poesia – um testemunho poético”
– Apresentação: Max Carphentier
Dia 22 de novembro (sexta-feira)
18h30: Apresentação musical celebrativa dos 70 anos do Clube da Madrugada – Ketlen Nascimento
19 às 19h40: Roda de conversa – Tema: “Clube da Madrugada – Presença, percursos e desdobramentos na Literatura do Amazonas”
– Apresentação 1: Marcos Frederico Krüger
– Apresentação 2: Rita Barbosa
– Mediação: Thiago Roney
19h45 às 20h: Recital poético – “De Roseiral aos tempos do Madrugada: um testemunho lírico”
– Apresentação: Elson Farias
20h às 20h40: Diálogo intercultural – Tema: “Artes plásticas – cores, formas e caminhos do Clube da Madrugada”
– Apresentação 1: Otoni Mesquita
– Apresentação 2: Luciane Páscoa
– Mediação: Neiza Teixeira

Clube da Madrugada – presença Modernista no Amazonas

Tenório Telles, autor do livro ‘Clube da Madrugada – presença Modernista no Amazonas’, que ganha nova edição, afirma que a década de 1950 foi marcante na história da cultura amazonense. Foi um período de efervescência, de rebeldia, de busca de novos caminhos. Os jovens poetas viviam um anseio de renovação e mudanças nas artes e na vida.

“O resultado de todo esse clima e procura foi a criação do movimento Madrugada – marco dos desdobramentos do Modernismo no Amazonas – surgido sob os influxos da Geração de 45 e da tendência espiritualista da literatura brasileira, representada por Jorge de Lima e Murilo Mendes”, disse Tenório.

 

(*) Com informações da assessoria.

 

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