Foto: Reprodução
Bruxelas, Bélgica – Em viagem à Europa para reforçar alianças para as eleições de 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou o discurso no Parlamento Europeu para criticar o presidente Jair Bolsonaro. Durante a declaração, ele afirmou que o Brasil vive uma “tragédia sem precedentes” desde o início do governo e que agora o compromisso é de tirar Bolsonaro do poder.
Apesar da fala, Lula não tocou nos assuntos espinhosos do partido. Não falou sobre corrupção no período em que esteve no comando do Brasil, nem lembrou da crise econômica deixada por Dilma.
O ex-presidente participou da Conferência de Alto Nível da América Latina, na Bélgica, evento promovido pelo bloco social-democrata, nesta segunda-feira (15). Antes de discursar no evento, Lula concedeu uma entrevista e revelou que não descarta Geraldo Alckmin como vice em sua chapa para as eleições de 2022.
“Lógico que nunca imaginei que o Brasil iria eleger uma pessoa como Bolsonaro. De qualquer forma, se temos alguma responsabilidade enquanto esquerda e progressistas de alguns setores da direita governarem nosso país, agora temos o compromisso de tirá-los e devolver a democracia e bem-estar social ao nosso povo”, disse.
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O petista ainda criticou o administração do governo federal durante a pandemia da covid-19, e disse que o país “vive hoje uma tragédia social, econômica, ambiental e sanitária sem precedentes”. “O atual presidente ironizou a gravidade da doença. Zombou dos mortos. Atrasou o quanto pôde a compra das vacinas. Fez propaganda enganosa e distribuiu medicamentos comprovadamente ineficazes contra o vírus”, comentou.
“Deixou faltar oxigênio em hospitais. Incentivou e promoveu aglomerações. Induziu a população à desconfiança quanto à eficácia das máscaras. Ajudou a espalhar fake news contra as vacinas, chegando a dizer que elas podem levar as pessoas com HIV a desenvolverem aids”, completou.
Ao final do discurso, Lula destacou que o Brasil “tem jeito” e afirmou que partidos e candidatos progressistas vêm conquistando importantes vitórias” no mundo, e que está certo de que o mesmo vai acontecer no Brasil, pois o “mundo não suporta mais nazismo e fascismo” e precisa de paz e amor.
(*) Com informações do Uol
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