(Foto: Instagram/Lula)
Manaus (AM) – Enquanto a comunidade indígena Korubos, no Vale do Javari, no Amazonas, sofre com problemas de saúde devido à falta de atendimento adequado, o presidente Lula (PT) posou para foto ao lado de Emmanuel Macron, chefe do executivo francês, e cercado de lideranças indígenas. A foto “ganhou” as redes sociais, mas nada menciona o sofrimento da população que sofre com a falta de atenção básica.
Lula e Macron estiveram em Belém (PA) para reunião bilateral concentrada na preservação ambiental e questões climáticas, de preparação para a cidade sediar a próxima Conferência do Clima da ONU, a COP 30, em 2025.
Os chefes de estado passearam de barco com o governador do Pará, Helder Barbalho, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.
Na terça-feira (26), Lula e Macron anunciaram um programa que pretende investir 1 bilhão de euros na bioeconomia da Amazônia brasileira e da Guiana Francesa, território na América do Sul que pertence à França.
Precariedade
Conforme noticiado pelo Portal AM1, a situação dos povos originários é precária. Na semana passada, A União dos Povos do Vale do Javari (Univaja) divulgou um vídeo mostrando a realidade dos indígenas. No vídeo, é possível observar famílias da etnia Korubo em tratamento contra doenças respiratórias. Elas estavam alocadas em cabanas improvisadas cobertas com lona, sem o mínimo de estrutura.
O presidente usou as demandas indígenas como bandeira durante sua campanha. Na atual gestão, inclusive, foi criado um grupo de trabalho para atender as necessidades dos povos daquela região, entretanto, nove meses após o início dos trabalhos, o que ainda se testemunha é a falta de assistência médica para os povos.
Um vídeo divulgado pela Univaja mostra famílias de indígenas da etnia Korubo, em tratamento contra doenças respiratórias, como pneumonia e malária, alocadas em cabanas improvisadas cobertas com lona, sem o mínimo de estrutura.
“Essa aqui é a situação do Korubo II, quando chove muito, o que tem sido na maioria dos dias. Alguns vão se abrigas na balsa, porque aqui não tem condição; aqui o chão todo enlameado, eles estão tendo que levar as coisas para a balsa para não molhar”, disse o indígena que narrou a situação no local.
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