Manaus (AM) – Com Lula de volta à presidência, partidos de esquerda podem ter candidaturas impulsionadas nas eleições municipais de 2024 e, assim, voltar a ter protagonismo político no Amazonas, afirmou ao Portal AM1 o ex-deputado federal José Ricardo (PT) neste mês.
Mesmo com a federação partidária entre Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV), a esquerda não consegue emplacar candidatos a cargos eletivos ou majoritários no Amazonas. A exemplo disso, nas Casas Legislativas, há uma parcela mínima de parlamentares eleitos nas últimas eleições. No entanto, o ex-deputado acredita que, com o governo Lula, a esquerda pode ser fortalecida.
“Acredito que, agora, com o Lula no governo, nas próximas eleições, isso deva favorecer bastante candidaturas do campo da esquerda. Por isso, é importante lançar candidatos já no ano que vem […] não só na capital, mas nos interiores também”, afirmou Zé Ricardo.
Na Câmara Municipal de Manaus (CMM), por exemplo, só há apenas dois representantes da esquerda na Casa: os vereadores Sassá da Construção (PT) e Jaildo Oliveira (PDdoB), o que representa apenas 4,8% do total das 41 vagas existentes na CMM.
Já na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a esquerda “raiz”, somente o deputado Sinésio Campos (PT) é o ferrenho defensor das ideologias políticas do partido. Ele ocupa uma cadeira, em meio às 24 da Casa.
Briga interna no PT
Durante entrevista, o petista foi questionado também sobre as brigas internas dentro do partido. Zé Ricardo ressaltou que as brigas políticas, antes, eram mais intensas por discordância entre lançamento de candidatos do partido ou não.
“Desde que o partido foi criado existem vários grupos internos disputando e, todas as vezes que se aproximam as eleições, a disputa é maior, já que cada grupo interno apresenta nomes, aí a gente faz o debate e discussões para definir candidatura […] nem sempre o partido lança candidato e opta por apoiar candidaturas de partidos aliados”, destacou.
Zé Ricardo frisou que é sempre a favor de que o PT lance candidatos próprios para terem protagonismo, mas nem sempre é possível porque a ordem, na maioria das vezes, parte da liderança nacional.
Assista à entrevista completa:
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