Foto: Divulgação
BRASIL – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou solidariedade aos irmãos Ciro e Cid Gomes, que foram alvos de uma operação da Polícia Federal, nesta quarta-feira (15), que investiga um suposto esquema de corrupção durante as obras da Arena Castelão, entre 2010 e 2013.
Em entrevista à Rádio Clube AM, Lula disse que repudia o comportamento da PF e classificou a ação como uma “invasão à casa do candidato a presidente Ciro Gomes e seu irmão”.
“É inexplicável que as pessoas que poderiam ser intimadas para dar explicação, tenham a casa invadida sem levar em consideração que um é candidato a presidente e o outro é um senador da República.”
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Apesar da demonstração de solidariedade, Lula e Ciro Gomes têm histórico de embates. Em outubro, Ciro chegou a sugerir uma “amplíssima trégua” visando uma união em torno do impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido), atual ocupante do Palácio do Planalto, mas a aliança durou poucas semanas.
Após acusar Lula de atuar contra o impeachment de Dilma, o ex-presidente atacou à inteligência de Ciro Gomes. Nas redes sociais, Lula ironizou quem cobra que o PT faça uma autocrítica sobre seus governos. “Para que eu vou fazer autocrítica se vocês podem me criticar? É mais saudável. Se eu ficar me criticando, o que vai sobrar para os outros falarem?”, comentou.
Ciro também critica a reaproximação do PT com partidos que atuaram para tirar a petista do Planalto em 2016.
Lula rebateu Ciro, dizendo que o ex-governador do Ceará age de forma “banal e grosseira”. “Eu só não sei o que ele está querendo, mas, quem planta vento, colhe tempestade”, afirmou.
Para o pedetista, o ex-juiz e presidenciável Sergio Moro “garantiu a impunidade” de Lula e de pessoas que integraram seu governo.
Entenda a investigação
Segundo a PF, a operação apura “fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos decorrentes de procedimento de licitação para obras no estádio Castelão”. Na época dos fatos investigados, Cid Gomes era o governador do Ceará.
A investigação, que começou em 2017, indica o pagamento de R$ 11 milhões em propinas para que uma determinada empresa ganhasse o processo licitatório da Arena Castelão e, posteriormente, recebesse valores devidos pelo governo do Ceará.
Nas redes sociais, Ciro afirmou que a Polícia Federal “subordinada a Bolsonaro” tenta danificar sua pré-candidatura à Presidência em 2022.
*Com informações do site Uol
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