Manaus, 3 de maio de 2024
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Brasil

Lula promete médicos e fim do garimpo ilegal em visita aos Yanomamis

Em Roraima, o presidente Lula também criticou o ex-mandatário Jair Bolsonaro pela situação precária dos indígenas yanomamis

Lula promete médicos e fim do garimpo ilegal em visita aos Yanomamis

A viagem da comitiva presidencial aconteceu em meio ao resgate de crianças indígenas desnutridas. (Foto: Ricardo Stuckert/Secom)

RORAIMA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou os indígenas do povo Yanomami, em Roraima, neste sábado (21). Lula prometeu acabar com o garimpo ilegal em terras indígenas e atendimento médico.

A viagem da comitiva presidencial aconteceu em meio ao resgate de crianças indígenas desnutridas e com diversas doenças na região. Na noite de ontem (20), o governo federal decretou estado de Emergência em Saúde de Importância Nacional (Espin) no território após técnicos do Ministério da Saúde encontrarem oito crianças desnutridas.

Lula estava acompanhado dos ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; a ministra da Saúde, Nísia Trindade; e a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara e criticou a gestão de seu antecessor, Bolsonaro (PL), pela falta de atenção ao povo indígena.

“Vamos levar muito a sério essa história de acabar com qualquer garimpo ilegal e, mesmo que seja uma terra que tenha autorização da agência para fazer pesquisa, eles podem fazer isso sem destruir a floresta”, afirmou Lula, em discurso após visita à Casa de Apoio do Índio (Casai) Yanomami, em Boa Vista (RR).

“Um presidente que deixou a Presidência esses dias, se, em vez de fazer tanta motociata tivesse vergonha e tivesse vindo aqui uma vez, quem sabe esse povo não estaria tão abandonado como está”, criticou o presidente.

Com relação aos médicos, Lula acrescentou que vai levar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) diretamente às aldeias. “Vi crianças bem magrinhas, mas uma das formas de resolver é fazer um plantão nas aldeias para a gente cuidar deles. É mais fácil transportar 20 médicos do que que 200 indígenas”, destacou.

“Queremos mostrar que o SUS é capaz de fazer um trabalho que orgulhe e honre o povo brasileiro. Prometo a vocês que vamos melhorar a vida deles”, ressaltou.

Os membros do Executivo retornam a Brasília no fim da tarde deste sábado.

Saúde dos Yanomamis

Por causa da grave precariedade das condições de vida dos povos no local e também pelo garimpo ilegal, a população vive uma grande crise sanitária. Além da atividade provocar assassinatos dos indígenas, nos últimos meses também foram registradas diversas mortes por desnutrição.

A exploração do garimpo ilegal traz a incidência de doenças infecciosas. A falta de assistência em saúde também contribui para o quadro.

Uma equipe do Ministério da Saúde foi enviada ao estado na última quarta-feira (18), para fazer um diagnóstico da situação. Em nota, a pasta informou que a expectativa é que, após o levantamento, sejam definidas “ações imediatas para superar a crise sanitária” que a população passa.

(*) Com informações do Metrópoles

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